Crianças em situação de acolhimento são beneficiadas com ações do Judiciário durante pandemia
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- 13-01-2021
Mesmo com a pandemia de Covid-19 e o Poder Judiciário cearense funcionando, prioritariamente, em regime de teletrabalho, os cursos preparatórios para pretendentes à adoção não cessaram. A tecnologia de videoconferência, implantada a partir de maio de 2020, permitiu que 559 pessoas participassem das capacitações em todo o Estado.
Os cursos preparatórios são uma etapa fundamental para a habilitação de famílias que desejam adotar e representam uma esperança na vida de crianças e adolescentes que vivem em abrigos. No total, o Ceará conta com 776 pretendentes habilitados, sendo 329 apenas em Fortaleza.
Os treinamentos foram conduzidos pela Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional do Tribunal de Justiça do Ceará (Cejai/TJCE), em parceria com a Coordenação das Varas da Infância de Fortaleza. Nos cursos, são abordados os aspectos jurídicos, legais e psicossociais da adoção. Além das aulas, os pretendentes precisam passar por outras etapas como avaliação psicossocial, entrevistas e visitas domiciliares, que também estão sendo realizadas a distância.
As adoções também tiveram continuidade no período de crise sanitária. De acordo com a Seção de Cadastro de Adotantes e Adotandos de Fortaleza, 37 crianças ganharam um novo lar, por meio do Sistema Nacional de Adoção (SNA). Já no Estado, foram 63 adoções pelo cadastro.
AÇÃO SOCIAL
No mês de dezembro, a Cejai, em parceria com o Instituto de Assistência e Proteção Social (IAPS), realizou campanha de arrecadação de brinquedos, roupas, calçados e itens de cama e banho para crianças e adolescentes que vivem em unidades de acolhimento. No dia 16 do mesmo mês, durante evento online de encerramento das atividades do setor, foi exibido um vídeo mostrando a realização da entrega das doações em uma das casas de acolhimento.
Durante a transmissão, a juíza coordenadora da Varas da Infância e Juventude da Capital, Mabel Viana, manifestou gratidão a todos os padrinhos, voluntários, benfeitores e aqueles que participaram da campanha de arrecadação de presentes. “Representa muito para crianças e adolescentes que estão nas unidades de acolhimento, uma vez que o pouco que doamos significa muito a quem recebe, e podemos contribuir para um momento de felicidade e bem-estar na vida desses meninos e meninas”, afirmou.