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Coordenadoria da Infância e Juventude do TJCE promove visita guiada para pretendentes à adoção em abrigo de Fortaleza

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Uma manhã lúdica, divertida, cheia de cores e afeto. Foi nesse cenário de muito acolhimento que aconteceu, nesta sexta-feira (27/05), a Terceira Edição do Projeto Visita Guiada realizado pela Coordenação do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Fortaleza.

A visita ocorreu na Casa do Menor São Miguel Arcanjo, no Condomínio Espiritual Uirapuru (CEU), no bairro Castelão, em Fortaleza. Crianças e adolescentes com idades de 7 a 18 anos, acolhidos em abrigos tiveram momentos de interação com pretendentes habilitados à adoção.

O encontro que tem o objetivo de promover a sensibilização em relação à adoção tardia reuniu sete casais pretendentes e uma mãe “solo”, a professora Márcia Mesquita. Habilitada no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) desde o ano passado, a professora conta que já tem uma filha biológica, mas surgiu o desejo de ter outra filha e, desde 2019, vem nos preparativos para adoção. “Meu perfil no cadastro são meninas de 5 a 8 anos e vim disposta a abrir o leque de oportunidades. Às vezes ficamos limitados no perfil da idade e quando você se permite conhecer outras faixas etárias a paixão pode acontecer. É muito importante esta disponibilidade”, afirma Márcia Mesquita.

A juíza da 3ª Vara da Infância e Juventude de Fortaleza, Mabel Viana Maciel, reforça que é mais uma ação que vem sendo promovida na busca ativa de pretendentes. “Este evento propicia que essas crianças e adolescentes tenham visibilidade e quem sabe os pretendentes possam se sensibilizar, mudar o perfil. Assim, o caminho, a chegada dessas crianças para uma nova família seria uma realidade. Se uma criança conseguir ser adotada é muito gratificante para todos nós”, completa a magistrada.


A coordenadora das equipes técnicas de adoção e manutenção do vínculo e adoção, Érica Burlamarqui, explica que em Fortaleza, 46 crianças e adolescentes estão sem pretendentes habilitados para o perfil. Para a coordenadora este momento é importante, pois é uma ação para quebrar os paradigmas, preconceitos à adoção tardia. “Quando os casais têm o contato é diferente, pois surge o interesse de conhecer a história das crianças. Então, se uma família sair daqui com esta pretensão já é um ganho, uma esperança para a criança”, disse Érica.

Esperança estampada nos desenhos do pré-adolescente de 11 anos. Menino de conversa fácil, sorriso largo, usa cores e muita alegria. Durante o encontro, numa rápida conversa, ele conta que adora brincar e tem dois sonhos: ser jogador de futebol e conhecer um grande parque aquático.

A visita guiada faz parte de uma série de atividades que marcam o Dia Nacional da Adoção, comemorado em 25 de maio. Além da equipe do Juizado da Infância e Juventude da Capital, a ação foi acompanhada também de psicólogos, educadores, assistentes sociais e membros da Defensoria Pública.

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