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Comemorações do Mês da Mulher começam com evento sobre protagonismo feminino e equidade de gênero na Esmec

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Nesta sexta-feira (07/03), na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), foi realizado evento que marca o inicio das programações comemorativas do Mês da Mulher, que tem o Dia Internacional neste sabádo, dia 8. O objetivo é fortalecer a luta pela igualdade, garantindo que as mulheres possam ocupar seu espaço de forma plena, contribuindo para um mundo mais sustentável e equilibrado para todos.

“Nós queremos, sim, avançar muito nessa temática, mas também necessitamos celebrar os avanços que tivemos até hoje. E eu tenho muito orgulho do nosso Tribunal de Justiça porque é uma referência nacional. Ter 40% de mulheres no 2º Grau e outras tantas no alto escalão da Gestão do Judiciário cearense é algo que nos orgulha”, ressaltou a diretora da Esmec, desembargadora Joriza Magalhães Pinheiro, durante a solenidade de abertura.

A magistrada falou também sobre a responsabilidade de estimular a participação feminina na sociedade. “Cada um e uma de nós, carrega em si a responsabilidade pessoal de construir um ambiente organizacional mais favorável à participação e valorização das mulheres; temos a responsabilidade de levar para as nossas unidades judiciais ou administrativas esse propósito de estimular a participação feminina, de dar oportunidade, de criar condições de trabalho, incentivar a liderança feminina, e de refletirmos todas e todos sobre comportamentos machistas ou sexistas.”

 

O encontro foi prestigiado por gestores e gestoras do Poder Judiciário  

 

Durante o encontro, o presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Heráclito Vieira Neto, parabenizou as mulheres presentes e falou sobre o papel do homem em ser parceiro na luta pela igualdade. “Nós não somos os protagonistas dessa luta, mas devemos cumprir o papel de parceiros no dia a dia porque é quando as manifestações de todas essas situações de descriminação, de violência dos mais diversos níveis contra a mulher se manifestam. Nós fomos criados numa sociedade que reproduz isso de maneira incessante, mas temos a obrigação de desconstruir esse comportamento”, reforçou.

A desembargadora Andrea Delfino, ouvidora do Poder Judiciário, falou sobre a determinação e a coragem como características marcantes da mulher. “Passei muitos anos em varas criminais e percebi mulheres, tias, mães, irmãs pedindo a liberdade de um ente querido. Me impressiona o senso de proteção da mulher, a fortaleza, a coragem, que vence todos os obstáculos do dia a dia, sempre recomeçando e brilhando cada vez mais.”

Presente à solenidade, a corregedora-geral de Justiça, desembargadora Marlúcia de Araújo Bezerra, falou sobre a importância da data para celebrar as conquistas e refletir sobre os caminhos a percorrer. “Mulheres pioneiras que acreditaram que uma transformação era possível e militaram em defesa da igualdade e do reconhecimento dos direitos das mulheres, a elas nosso profundo e honroso reconhecimento. Que o dia da mulher nos inspire a sermos vigilantes e nos mova a agir com determinação e coragem, que possamos construir um futuro em que a violência contra a mulher não tenha vez e onde a justiça seja o alicerce da paz em cada lar, em cada família, em cada coração.”

 

PROTAGONISMO FEMININO

 

Os presentes na abertura do Mês da Mulher também puderam assistir uma palestra proferida pela professora Lilia Sales com o tema: Protagonismo Feminino e Liderança Transformadora. Segundo a professora, “temos como base o conhecimento para que a gente possa continuar a transformar a realidade com a nossa liderança. A gente já sabe o caminho, a gente precisa sistematizá-lo.”

 

Protagonismo Feminino e Liderança Transformadora foi a temática apresentada ao público

 

Atuando no Centro Especializado de Apoio a Vítimas de Violência (CEAV), a servidora Camilla Nobre destacou a relevância desse momento para as mulheres. “Senti um respeito e uma exaltação da figura da mulher, muito bacana chegar aqui e encontrar amigas, encontrar servidoras, colegas de trabalho e ser recepcionada com tanto carinho, além de ouvir palavras que nos valorizam, nos enaltecem pelo nosso dia da mulher”, externou.

Antônia Vivian, servidora da Vice-Presidência, disse que foi um momento com muitas informações de engrandecimento. “Estamos em um momento de muito destaque no Judiciário, com o Comitê Gestor de Equidade de Gênero e o programa de Lideranças Femininas, acredito que virão muitos eventos importantes como esse.”

Mediando a palestra, a juíza Ana Paula Feitosa, coordenadora da Esmec, afirmou que o painel foi “um convite à ação, uma oportunidade para ampliar nosso entendimento sobre o impacto das mulheres em nossa sociedade. E como podermos seguir juntas, compartilhando experiências e conquistando espaços. O que celebramos aqui não é apenas a mulher como figura de resistência, mas também a mulher como criadora, inovadora, líder e visionária.”

O momento também teve debates com a juíza Ana Cristina Esmeraldo e a servidora Dandara Pinheiro. “A professora Lilia abordou a questão da mulher se sentir desconfortável em alguns locais, em alguns ambientes e é aí que eu acho que está a questão. Quando o nosso Tribunal consegue reunir as mulheres, colocá-las em posições de liderança e agregar com rede colaborativa, nós estamos facilitando os ambientes confortáveis. Conseguimos enxergar o Tribunal também feminino”, observou a magistrada.

 

EXPOSIÇÃO

 

Após a palestra, foi realizada também a abertura da exposição “Tudo poderia ser um sonho”, com curadoria do Museu da Fotografia Fortaleza. As fotografias trazem uma reflexão sobre os impactos da guerra. As imagens ficarão disponíveis para visitação até 30 de abril no prédio da Esmec.

A exposição ficará aberta ao público até 30 de abril na Esmec

 

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