28.10.09
A Central de Conciliação do Fórum Clóvis Beviláqua iniciou, na manhã desta terça-feira (27/10), um mutirão de processos de negociação com o banco HSBC. Ao todo, 30 audiências devem ser realizadas até a próxima sexta-feira. Na abertura dos trabalhos, foi oferecido café da manhã que contou com a presença do coordenador da Central, juiz Francisco Eduardo Torquato Scorsafava, conciliadores, representantes dos bancos e os clientes que tentavam acordos.
Em outubro de 2008, o HSBC já havia solicitado audiência de conciliação com alguns clientes, no Fórum Clóvis Beviláqua, oportunidade em que a instituição financeira conseguiu fechar 60% de acordos. Isso foi determinante para a convocação de mais um mutirão. ?Nós fizemos conciliação em Goiânia, depois Salvador, Brasília e agora voltamos a Fortaleza. Onde há questões judiciais envolvendo o HSBC, nós estamos tentando a conciliação”, disse o coordenador da advocacia do HSBC, Natanael Silva.
Segundo ele, o número maior de ações diz respeito à revisão contratual. “Esse pedido de revisão sempre é motivado pelo atraso de três ou quatro parcelas do financiamento. Nosso objetivo é mostrar o interesse do banco em negociar”, complementou.
Um dos primeiros casos atendidos nesta manhã foi do vendedor de bebidas José Ribamar Félix Ferreira. Ele havia dado entrada na Justiça com pedido de revisão contratual do financiamento do seu veículo. Logo na primeira tentativa de conciliação, ele conseguiu resolver o problema. A dívida que era de R$ 6 mil, caiu para R$ 2.800. O pagamento deverá ser feito em até 30 dias.
Após a sessão conciliatória, ele elogiou o trabalho da Central de Conciliação. “Fazendo um acordo, é mais rápido. A gente fica logo livre do problema”, enfatizou. José Ribamar terá seu nome liberado dos serviços de proteção ao crédito dentro de 48 horas, segundo o representante do Banco.
A supervisora da Central, Maria da Conceição Nascimento, informou que, durante esta semana, todos os servidores da Central estarão mobilizados nos casos do Banco HSBC. São sete servidores, dois estagiários e cinco voluntários. As sessões são coordenadas por 12 conciliadores, sendo sete juízes, dois desembargadores, dois defensores públicos e um promotor de Justiça, todos aposentados que trabalham voluntariamente pelo movimento em favor da conciliação.
Fonte: TJ/Ceará