Entrega de certificados, presentes, apresentações artísticas, alegria e muita emoção marcaram o encerramento das atividades de 2018 da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai), do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). A solenidade, que ocorreu nesta sexta-feira (14/12), no Palácio da Justiça, foi conduzida pela desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes, que está à frente da Comissão.
“Estamos finalizando um ano de muito trabalho e muitos projetos e inserções, trazendo a sociedade para caminhar conosco. O projeto de apadrinhamento é um marco, mas precisamos cuidar muito bem dele, de forma muito criteriosa. Hoje eu só tenho a agradecer a todos os parceiros que contribuíram e estão conosco nessa iniciativa com muito amor”, disse.
No evento, foram entregues certificados do “Selo Amigo da Criança” para padrinhos e benfeitores, pessoas que contribuíram para o bem-estar social de crianças e adolescentes que vivem em situação de acolhimento. Tiago Holanda, um dos contemplados, falou sobre a experiência de ser padrinho. “Comecei como voluntário nas unidades de acolhimento, pois são instituições e crianças que precisam muito de ajuda. Vi a necessidade, pois tinha muito trabalho e pouca mão de obra. Os voluntários são muito importantes e eu quis contribuir. Nesse clima de Natal nós temos que renovar a esperança dessas crianças”, disse ele que após participar do programa na modalidade afetiva resolveu adotar um garoto, hoje com 14 anos. “Ele que me escolheu”, ressaltou.
Além disso, mais de 200 crianças, de 20 unidades de acolhimento, receberam presentes arrecadados através da “Campanha Adote uma Cartinha”, uma iniciativa da Defensoria Pública em parceria com a Cejai. Para uma das acolhidas, de dez anos, o momento é de muita alegria.
Houve ainda apresentações dos Corais do TJCE e do Instituto de Assistência e Proteção Social (Iaps), que entoaram canções como “Só o amor” e “Noite feliz”. Também participaram da solenidade a juíza convocada do Tribunal Maria das Graças Almeida de Quental; o promotor de Justiça Dairton Oliveira; o defensor público Adriano Leitinho, entre representantes das instituições e educadores.
PROGRAMA DE APADRINHAMENTO
Existem três tipos de apadrinhamento, sendo eles afetivo, que incentiva a manutenção de vínculos, ampliando as oportunidades de convivência familiar e comunitária, o financeiro, que permite a contribuição econômica para atender às necessidades do acolhido, sem criar necessariamente vínculos afetivos; e o de prestação de serviço, quando um profissional liberal executa, junto às instituições de acolhimento, cursos direcionados ao público infantojuvenil. As três modalidades são regulamentadas pela Resolução nº 13/2015, do Órgão Especial do TJCE.

CEJAI/CE
A Cejai, vinculada à Presidência do Tribunal, é o órgão central em adoção e acolhimento. O objetivo é fornecer, ao pretendente estrangeiro, a habilitação que autoriza a adoção internacional no Estado. Tem como missão prevenir, controlar e fiscalizar os procedimentos para impedir o tráfico de crianças e de adolescentes, garantindo a cidadania plena do adotado no país onde terá domicílio.