Caso Alanis – Exame de DNA é enviado à Justiça
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- 18-02-2010
18.02.10
Resultado aponta Antônio Carlos como autor do estupro. Amostras de esperma e cabelo do acusado foram comparadas as achadas no corpo da menina Alanis
O Ministério Público deverá se pronunciar oficialmente hoje sobre o resultado do exame de DNA de Antônio Carlos dos Santos Xavier, o Casim, 30, que em caráter conclusivo o aponta como autor do estupro contra Alanis Maria Laurindo, 5, no dia 8 de janeiro, no bairro Antônio Bezerra. Durante a violência sexual, a vítima foi assassinada. O resultado foi divulgado com exclusividade pelo O POVO, na edição do último sábado.
Para apontar Antônio Carlos como autor do estupro, em uma probabilidade de 99,99%, o exame realizado por legistas da Perícia Forense do Ceará (Pefoce) utilizou amostras de sangue, cabelo, esperma, resíduos de roupa e pele do acusado para comparar com o que foi encontrado no corpo e vestimentas da menina Alanis.
Segundo uma das comparações dos legistas, “dois filamentos negros, crespos (pelos pubiano de adulto)“ estavam aderidos ao abdômen da vítima. A observação também constou no exame da contraprova.
O delegado Lira Ximenes, que presidiu o inquérito sobre o estupro e assassinato da menina Alanis, disse ontem ao O POVO que já enviou o resultado do exame de DNA de Antônio Carlos para a Justiça. “Eu não passei nem 15 minutos com o documento na mão e o despachei de imediato para a Justiça“, afirmou o delegado, ao ser provocado a comentar o resultado.
Versão
Em sua versão, Antônio Carlos declarou que apenas teria raptado a menina, mediante pagamento de R$ 500 (teria recebido R$ 200, segundo ainda a sua declaração), e a levado até a uma outra pessoa. O acusado também assegurou que não teria participação no estupro e na morte da vítima.
O promotor Sílvio Lúcio Correia Lima duvidou da versão do acusado, inclusive de que ele também apresentaria transtornos mentais. Para o promotor, Antônio Carlos seria “maníaco sexual“, pois possui inteligência suficiente para montar as suas versões.
De acordo com o processo, Alanis Laurindo foi levada por Antônio Carlos, do pátio da igreja do Conjunto Ceará, após ser atraída com pipocas. Ela foi estuprada e estrangulada.