31.03.2010 Gol
Confusão envolvendo o atual presidente da Federação Cearense de Basquete e candidato da oposição sobre o comando da entidade se arrasta há cinco anos. Oposição acionou a Justiça por achar irregular a próxima eleição
Emmanuel Macêdo – emmanuelmac@opovo.com.br
O site da Federação Cearense de Basquete (FCB) – www.basquetecearense.com.br – é o retrato perfeito da situação do esporte no Estado. Links sem funcionar, seções sem conteúdo. O basquete cearense hoje também está sem conteúdo, sem alma. Praticamente sem existir. Enquanto isso, as brigas judiciais se acumulam e o esporte perde cada vez mais adeptos.
A Justiça, pela lentidão que lhe é característica, acaba colaborando com o vácuo do esporte em Fortaleza. Em 2005, o presidente da FCB, Adelson Julião, atualmente há 21 anos à frente da entidade, vetou que algumas associações e clubes tradicionais da Capital, como AABB, BNB Clube, Círculo Militar e Náutico, votassem nas eleições da entidade. Assim, a chapa de oposição, que contava com clubes de Fortaleza, encabeçada por Sued Lima, ex-presidente da Associação dos Jogadores Veteranos de Basquetebol do Ceará, não teve apoio suficiente para derrotar a chapa da situação.
Dessa forma, as associações e o Sindicado dos Clubes do Ceará (Sindiclubes) entraram com ação judicial para que novas eleições fossem marcadas. A demora da Justiça fez com que até hoje nada tivesse sido resolvido.
No dia 4 de março último, o juiz José Israel Pinto Martins, da 27ª Vara Cível, determinou que seja realizado um novo processo eleitoral em até 30 dias, com a participação das entidades associadas, mas contando com novas afiliadas. Sued Lima, ainda candidato à FCB, e o Sindiclubes entraram novamente com representação na Justiça, na semana passada, alegando que a federação realizaria um pleito sem comprovar se as associações com direito a voto são aptas.
Esperança
O técnico Oswaldo Venerando, o Campainha, um dos mais respeitados do basquete cearense, espera que tudo possa ser resolvido logo. “Nós da oposição queremos fazer basquete em todos os lugares do Estado“, diz, reforçando que tudo seria de forma profissional.