Assista ao “Judiciário em Evidência” sobre a emoção de histórias de pais e filhos adotivos
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- 22-05-2020
Na véspera da semana em que é comemorado o Dia Nacional da Adoção (25 de maio), a Assessoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) indica aos interessados no tema assistirem ao “Judiciário em Evidência” que tratou do assunto. O programa teve exibição nas emissoras de TV no final do ano passado, levando ao telespectador a emoção dos pais e filhos do coração.
Histórias como a do comerciante Francisco Lima Júnior, da professora Waleska Matos e do Samuel, filho do casal. Há mais de 11 anos eles seguem unidos pela concretização do sonho de terem formado a família. A criança chegou ao lar ainda bebê, por meio de processo de adoção considerado rápido.
“A nossa via de ter filhos não era a normal. Tinha que ser diferente. A gente entrou com o pedido no dia 20 de agosto e no dia 26 de setembro, veio o ofício do juiz. Então, nós buscamos o Samuel na instituição de acolhimento e o trouxemos para casa. Foi bem rápido”, explica a mãe.
O Francisco Lima, que já tinha um filho do relacionamento anterior, afirma que após a habilitação eles pensaram que ia demorar. “Fomos surpreendidos, rapidinho, com uma ligação para informar que tinham a criança. Todo o processo durou dois meses e meio.”
A emoção toma conta do casal ao falar sobre o menino. “Viver com o Samuel hojé é estar na realidade do pré-adolescente. Ele é muito amoroso e nos transformou como pessoas. O meu sonho é que eu consiga prepará-lo para enfrentar tudo, diz Waleska.
O comerciante descreve situações carinhosas. “Ele me proporciona momentos únicos. Estou trabalhando, ele chega, do nada, e diz que me ama, me abraça e me beija. Isso melhora o dia consideravelmente.”
Não menos emotivo, o Samuel conta que “gosta de abraçar, conversar e beijar os pais” e que “sente muito amor no coração” pelos dois.
Além de pessoas que não podem gerar filhos, como a professora Waleska, há quem busque a maternidade e a paternidade mesmo já tendo descendentes biológicos. É a situação da servidora pública Ana Paula Amaral e do marido, que ampliaram a família pelo afeto. “Tentamos engravidar, surgiram problemas e veio a ideia de adotar. Durante o procedimento, fiquei grávida do meu filho, Francisco Lucas, mas não desistimos da adoção. Quando ele tinha nove meses de idade, recebemos a ligação do Setor de Adoção do Fórum [Clóvis Beviláqua], informando que tinha chegado a nossa vez. No dia seguinte, fomos buscar a nossa filha, Maria Clara.”
O programa de TV mostrou outros exemplos felizes e emocionantes, além de detalhar como é o procedimento de adoção: regras, fases e documentos exigidos, por exemplo. Houve espaço também para falar sobre as parcerias, a estrutura do TJCE nessa área e como os magistrados trabalham.
A desembargadora Maria Vilauba Fausto Lopes, presidente da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional do Ceará (Cejai-CE), em um dos trechos da entrevista, analisa os cuidados com os jovens em situação de vulnerabilidade. “Hoje é outra realidade. O CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e o Supremo Tribunal Federal têm um olhar diferenciado para as crianças e para os adolescentes.”
Entre os juízes ouvidos pela reportagem esteve Fernando Vicente, titular da Vara da Infância e da Juventude de Maracanaú. Sobre adoção, o magistrado reforça que “é algo indescrítivel, de emoção e felicidade. É um trabalho gratificante. Instituição de acolhimento não é local para criança. É lugar temporário, não pode ser definitivo”.