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Artesanato produzido por apenados é exposto no Fórum

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O artesanato confeccionado por apenados está sendo exposto no Fórum Clóvis Beviláqua até a próxima sexta-feira (16/10), no período das 9 às 16h30. A produção é resultado do projeto social Fábrica Escola, que promove a ressocialização dos participantes.
A exposição visa levantar recursos para investimento no próprio projeto. A quantia corresponde a um percentual da arrecadação com a venda dos produtos. A maior parte do dinheiro será repassada aos assistidos. Outro objetivo é a divulgação do trabalho de recuperação dos reeducandos.
“Quem cumpre pena perdeu a liberdade, porém, pode produzir e continuar sendo útil a si mesmo, a sua família e à sociedade. É importante mostrar isso”, destaca a juíza Luciana Teixeira de Souza, titular da 2ª Vara de Execução Penal de Fortaleza e membro da Comissão de Constituição do Projeto.
A mostra tem artesanato feito em palha de milho, tecido, plástico, papel machê, cabaça, MDF, garrafas PET, vassoura e cerâmica. Desses materiais, foram produzidas peças como bonecos, tapetes, almofadas, quadros, vasos, vassouras e pesos de portas.
Após conferir a exposição, Lúcia Lima, que trabalha no setor de Arquivo do Fórum, destacou não só a beleza dos itens, mas também a proposta do trabalho. “Eu acho muito útil para o desenvolvimento dos apenados. As mentes deles estão sendo ocupadas, para que pensem em um futuro melhor”, disse.
Os objetos também podem ser encontrados em duas lojas do Fábrica Escola. Uma fica na sede do projeto, na avenida Dom Manuel, nº 738, no Centro de Fortaleza. A outra funciona na avenida da Abolição, nº 2433. Mais informações pelo telefone (85) 3244.2101.
O PROJETO
O Fábrica Escola atende atualmente a 30 assistidos. A iniciativa oferece capacitação técnica e trabalho remunerado em atividades como artesanato, serigrafia, costura, fabricação de utensílios, culinária e serviços gerais.
Os participantes também recebem educação formal (Ensino Fundamental) e podem ser encaminhados a oportunidades de trabalho. Além disso, há acompanhamento psicossocial, pedagógico e jurídico, oftalmológico odontológico e religioso.
O projeto resulta de parceria entre Poder Judiciário, por meio das Varas de Execução Penal, Ministério Público, Defensoria Pública, Universidade Estadual do Ceará (Uece), Associação Cearense de Magistrados (ACM), Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Fundação Deusmar Queirós, Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Ceará (OAB/CE), Sesc, entre outras instituições públicas e particulares.