Após 18 anos do crime, empresário Flavio Carneiro vai a novo julgamento
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- 29-03-2010
27.03.10
A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará decidiu mandar a novo Júri Popular o empresário Flávio Carneiro, acusado de ter assassinado sua própria esposa, a também empresária Ethel Angert Carneiro, crime ocorrido no dia 15 de outubro de 1992.
O TJ acatou recurso impetrado pelos advogados criminalistas Paulo Quezado e Clayton Marinho, que fazem a defesa do réu. No primeiro julgamento, realizado no dia 15 de setembro de 2006, Flávio Carneiro foi condenado a 13 anos de prisão, mas a defesa recorreu contra a decisão alegando que o réu fora julgado contra a prova dos autos. No Júri, a defesa foi composta ainda pelos advogados Leandro Vasques e Flávia Angert, esta última, filha do réu e da vítima.
Novo Júri
A decisão adotada pela Câmara Criminal foi oposta ao parecer do Ministério Público, representado pela Procuradoria Geral da Justiça (PGJ). O novo julgamento deverá ser realizado pelo Segundo Tribunal do Júri da Capital, em data a ser marcada.
No primeiro julgamento, a defesa arguiu a tese da “violenta emoção”, que acabou sendo rejeitada pelo Conselho de Sentença. Diante da condenação, o recurso foi impetrado junto ao Tribunal de Justiça. Em sua primeira decisão, em outubro do ano passado, a Segunda Câmara confirmou a pena. Desta vez, julgando um ´embargo de declaração´, o Tribunal mandou o réu a um novo Júri.
O crime ocorreu durante um despejo judicial que ocorria em uma loja de disco na época pertencente a Flávio Carneiro. O casal havia se separado e estava em litígio pelos bens. Ethel foi morta pelo marido com vários tiros de pistola. Flávio Carneiro fugiu, mas preso, três dias depois, pela Polícia Civil.
Passados quase 18 anos do crime, a Justiça decide, agora pelo segundo julgamento.
Fonte: Jornal Diário do Nordeste