Agricultores contra morosidade judicial
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- 01-07-2009
1º.07.2009 Regional Pág.: 02
Várzea Alegre. A morosidade do Judiciário é antiga, mas cada vez mais presente na maioria das comarcas. Acúmulo de ações judiciais, número de servidores reduzidos, falta de estrutura de trabalho e a necessidade de criação de novas varas são realidades comuns às cidades do Interior. Com o objetivo de solicitar agilidade nos processos de aposentadoria e de outras demandas na área civil, agricultores, advogados e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Várzea Alegre realizaram um protesto.
A manifestação reuniu centenas de agricultores. A multidão caminhou pelas ruas do centro da cidade e se dirigiu até o Fórum de Justiça, onde houve discurso de advogados e lideranças comunitárias. Eles pediram mais agilidade no andamento dos processos com pedidos de aposentadoria.
De acordo com o advogado Joaci Alves da Costa, que atua na área previdenciária em Várzea Alegre, tramitam quase 600 processos previdenciários. ?A maioria está emperrada por conta da morosidade da justiça. Há processos paralisados há mais de um ano e o nosso objetivo é pedir à juíza que analise, dê encaminhamentos a essas ações?.
A população com menos recursos financeiros e os trabalhadores rurais são os mais prejudicados. A agricultora do Sítio Piranhas, Maria Alves Bezerra, 85 anos, contou que já solicitou a conclusão do processo de aposentadoria, mas que não foi julgado pela juíza da comarca, Maria Nadir Papaleo.
O advogado Joaci Costa também informou que a subseção da Ordem dos Advogados do Ceará de Iguatu (OAB) já encaminhou relatório ao Tribunal de Justiça. O Diário do Nordeste tentou, por telefone, contato com o Fórum de Justiça de Várzea Alegre, mas ninguém atendia a ligação. À reportagem da TV Verdes Mares, a juíza da comarca de Várzea Alegre, Maria Nadir de Araújo Papaleo, disse que a paralisação dos processos decorrem de suspeita de fraude em parte deles, que precisam ser analisados com rigor.
Mais informações:
Fórum de Justiça de Várzea Alegre
Rua Professor Socorro Rolim, 60
Bairro Centro
Fone: (88) 3541. 1002