A 3ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza remarcou, para a próxima segunda-feira (21/05), às 14h30, audiência de instrução do processo que tramita contra a estudante universitária Amanda Cruz da Silva, acusada de atropelar e matar três pessoas. Os crimes ocorreram no último dia 17 de março, na avenida Deputado Paulino Rocha.

A sessão, que estava agendada para a tarde desta terça-feira (15/05), não foi realizada devido à ausência do advogado de defesa, Mauro Escórcio. O titular da unidade, juiz José de Castro Andrade, determinou que, caso o advogado não compareça novamente à sessão, seja nomeado um defensor público.

A acusada, que está detida no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, as nove testemunhas de acusação e as quatro testemunhas de defesa compareceram ao Fórum e já foram intimadas pessoalmente para a nova audiência.

Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), Amanda Cruz, “guiando um veículo automotor, em estado de sonolência e praticando manobras radicais”, causou a morte de Marcilene Silva Maia, de 17 anos, que estava grávida, e da filha dela, Ana Rafaela da Silva Maia, de um ano e sete meses, além do pedestre Alex Nascimento Sousa.

A acusação afirma que, na noite anterior aos crimes, Amanda foi a uma festa, onde teria ingerido bebida alcoólica. Ela deixou o local às 5h e foi dormir na casa de um amigo. Por volta do meio-dia, a acusada saiu conduzindo seu veículo. Ela perdeu o controle do automóvel e acabou atingindo as três vítimas, que caminhavam na calçada.

O promotor sustenta que a ré cometeu três delitos de homicídio qualificado, por motivo fútil, além de aborto sem consentimento da gestante, todos com dolo eventual (em que o agente assume o risco de produzir o resultado).

Já a defesa argumenta que Amanda não estava sob efeito de álcool ou qualquer substância toxicológica no momento do acidente, tendo o atropelamento sido uma fatalidade.