Adiada audiência do processo que investiga morte do adolescente Bruce Cristian
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- 09-11-2010
09.11.10
A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua adiou, para o próximo dia nove de dezembro, a audiência de instrução do processo que investiga a morte do adolescente Bruce Cristian de Souza Oliveira, morto pelo policial militar Yuri da Silveira Alves Batista, em 25 de julho deste ano.
A sessão, marcada para a tarde de ontem, 2a.feira (08/11), foi transferida em virtude de a testemunha de acusação não ter comparecido.
Somente após a oitiva de todas as testemunhas de acusação é que as de defesa começam a prestar depoimento.
De acordo com o promotor de Justiça da 5ª Vara do Júri, Ricardo Machado, apesar de não ser imprescindível, essa testemunha é importante para o processo.
?Essa pessoa é a chamada testemunha de viso, ou seja, ele viu tudo o que aconteceu, e apesar de não ser uma testemunha-chave, é um zelo do Ministério Público com o conjunto probatório?, afirma. Caso o depoente não compareça à próxima audiência, o juiz Raimundo Deusdeth Rodrigues Júnior pode mandar buscá-lo coercitivamente.
Além dele, outras cinco pessoas ? estas arroladas pelo advogado de defesa, Ernando Uchoa Sobrinho – devem ser ouvidas. Yuri da Silveira responde ao processo por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e mediante recurso que tornou impossível a defesa do ofendido, além de lesão corporal, ambos com o agravante de abuso de poder.
Segundo a denúncia, baseada em inquérito policial, em 25 de julho deste ano, por volta das 16h30, Bruce Cristian e o pai, Francisco das Chagas de Souza Oliveira, iam para casa, em uma moto, quando, no cruzamento da avenida Desembargador Moreira com a rua Padre Valdevino, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, foram avistados por policiais militares do programa Ronda do Quarteirão.
A acusação afirma que os policiais deram ordem para que Francisco das Chagas parasse a moto. Ele, no entanto, não ouviu os gritos dos soldados, em virtude do barulho da avenida e do uso do capacete.
Sem que a dupla obedecesse à ordem, Yuri da Silveira disparou um tiro que atingiu fatalmente o adolescente, à época com 15 anos de idade.
Fonte: TJ/Ceará