Acusados de assassinar advogado vão a júri hoje
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- 24-04-2009
24.04.09
Dois anos e um mês depois do assassinato do advogado criminalista Murilo Muniz Chaves, a Justiça vai julgar, na manhã de hoje, três dos quatro homens acusados de envolvimento do crime. José Rafael da Silva, Antônio Gerlânio de Lima, o ´Gê´, mototaxista; e José Fábio de Castro Moura, o ´Boca Mole´, serão julgados pelo Conselho de Sentença do Quinto Tribunal do Júri Popular, no Fórum Clóvis Beviláqua. A sessão será presidida pelo juiz de Direito, Jucid Peixoto do Amaral, titular da Quinta Vara do Júri.
O assassinato do advogado Murilo Chaves causou comoção e repercussão no meio jurídico da Capital, onde ele atuava. O crime até hoje não teve sua motivação devidamente esclarecida. Sabe-se, porém, que ele patrocinava a defesa de um dos acusados, José Rafael da Silva, em um processo que tramitava na Vara dos Entorpecentes.
Planejado
O assassinato foi planejado. Na véspera do crime, Rafael teria ligado para o advogado marcando com ele um encontro na Avenida Presidente Costa e Silva (Perimetral), no bairro Jangurussu. Na tarde de 30 de março de 2007, Murilo saiu de casa, em sua caminhonete importada e se dirigiu ao posto de combustível localizado na esquina da Perimetral com Avenida Castelo de Castro, no Jangurussu. Quando ali chegou, recebeu mais uma ligação. Rafael pedia que ele seguisse alguns quarteirões à frente, já no Conjunto São Cristóvão. Era o local da emboscada fatal. Quando Murilo parou a caminhonete, um homem surgiu ao lado da porta do motorista e efetuou tiros de pistola de calibres nove milímetros.
Em seguida, o atirador fugiu com a ajuda do mototaxista. No trajeto, ele ainda chegou a cair da moto, mas, em seguida, levantou-se e prosseguiu.
Segundo o processo, Rafael foi o homem que atirou. ´Gê´ pilotava a mototáxi. Já Fábio, o ´Boca Mole´, participou da reunião para a trama do crime.
O quarto acusado chama-se Antônio Marcos da Silva, o ´Marquinhos´, que, conforme a Polícia, forneceu a arma do crime. Apesar de pronunciado, ele recorreu ao Tribunal de Justiça contra a decisão e, por conta disso, não será julgado hoje. Os réus podem receber uma pena de 12 a 30 anos de prisão.
Tiros de pistola ceifaram a vida do criminalista
O advogado tinha 50 anos quando foi assassinado, na tarde de 30 de março de 2007. Ele foi atraído para o local do crime através de uma ligação telefônica. Recebeu tiros de pistola à queima-roupa. A Polícia descartou um latrocínio
Fernando Ribeiro
Editor