O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua condenou o réu Graciano Rebouças da Silva a seis anos de detenção, em regime semiaberto, por tentar matar Francisco José da Silva, no dia 24 de setembro de 2005, em Fortaleza. O julgamento, presidido pelo juiz Henrique Jorge Holanda Silveira, começou às 13h30 e terminou no final da tarde da última sexta-feira (08/10).
O Ministério Público (MP) estadual, representado pela promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão, sustentou a acusação descrita na denúncia e pediu a condenação do réu por tentativa de homicídio qualificado, por motivo fútil. Os jurados reconheceram que o acusado iniciou a execução de um homicídio, que só não se concretizou por circunstâncias alheias à sua vontade.
O CRIME
O crime ocorreu no interior de um bar, por volta das 6h30, no bairro Jardim das Oliveiras. Segundo a denúncia do MP, a tentativa de homicídio foi motivada por vingança, pois uma semana antes réu e vítima haviam discutido.
De acordo com os autos, Francisco José bebia na companhia de outras pessoas, quando o acusado entrou no bar e, sem que houvesse discussão, sacou um revólver, efetuou vários disparos e fugiu em seguida, deixando a vítima caída no chão.
Baleado nas costas e no abdômen, Francisco José foi socorrido e levado ao hospital, tendo sido submetido a várias intervenções cirúrgicas. Ele sobreviveu ao atentado, mas no dia 15 de novembro de 2003, acabou sendo assassinado por outra pessoa.
Em depoimento, Graciano Rebouças da Silva confessou que tentou assassinar Francisco José e admitiu que existia uma antiga inimizade entre os dois, porém deu outra versão para o crime. O acusado disse que, ao passar pelo bar, a vítima jogou uma pedra em suas costas e, ao tirar satisfações, eles acabaram travando luta corporal. O réu afirmou que atirou para se defender.