Acusado de participar de grupo de extermínio será julgado nesta quarta-feira
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- 01-12-2009
A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua levará a julgamento nesta quarta-feira (02/12), às 9h30, o policial militar Francisco José Santos, o ?Jacaré?. Ele é um dos nove acusados de integrar o grupo de extermínio responsável pelo assassinato de Rogério Candeias da Silva e pela tentativa de homicídio de Roger Alves da Silva, em 27 de setembro de 2007, em frente ao hospital Frotinha de Messejana.
Além de Jacaré, também são acusados os policiais militares Antônio da Silva Moraes, Marisvaldo de Oliveira Morais, Edimar Leite de Araújo, Pedro Cláudio Duarte Pena, o “Cabo Pena”, Daimler da Silva Santiago, Glaydston Gama Lopes e Carlos Alberto Serra dos Santos, além do civil Silvio Pereira do Vale, o “Pé de Pato”.
Todos estão sendo processados por prática de homicídio e tentativa de homicídio duplamente qualificados por motivo torpe, utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, formação de quadrilha e concurso de pessoas.
A denúncia oferecida pelo Ministério Público se baseia em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. De acordo com a narrativa da promotoria, no dia do crime, as vítimas estavam sendo levadas, pelo réu Francisco José Santos e por outros policiais, para o hospital Frotinha de Messejana porque Roger Silva havia levado um tiro no pé no momento em que foi capturado pelos policiais acusados. Em frente ao hospital, quatro homens armados chegaram em duas motos e atiraram nas duas vítimas. O crime teria sido cometido, segundo o Ministério Público, por ?Cabo Pena?, Pé de Pato, Daimler e Glaydston com a participação dos demais denunciados.
A ação teria sido motivada por um assalto ocorrido no dia 21 de setembro. Na ocasião, dois policiais em serviço foram assaltados e tiveram suas armas e coletes roubados. Segundo a acusação, ?Jacaré? já havia combinado com o ?Cabo Pena? para que, assim que os policiais chegassem ao hospital com Roger e Rogério, os acusados atirassem nos dois.
Na sentença de pronúncia, emitida no dia 30 de setembro de 2008, o juízo da 5ª Vara do Júri decidiu pela impronúncia dos réus Antônio da Silva Moraes, Marisvaldo de Oliveira Moraes, Edimar Leite de Araújo e Carlos Alberto Serra dos Santos, o “Cel. Serra”. O Ministério Público, porém, recorreu da sentença.
Os demais foram pronunciados para irem a júri popular. Até agora, somente o ?Cabo Pena? foi julgado e condenado a 22 anos de prisão, inicialmente em regime fechado.
A defesa do policial militar Francisco José Santos será feita pelo advogado Paulo César Feitosa e a acusação, pelo promotor de Justiça Luiz Alcântara.