O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de Fortaleza condenou o réu José Wilson Trajano de Freitas a 32 anos de prisão, pelo homicídio de Antônio Edmilson Holanda Moreira e Edivanílton Freire Galvão. O julgamento, presidido pelo juiz auxiliar privativo da 1ª Vara do Júri, Eli Gonçalves Júnior, teve início às 9h40 e se encerrou por volta das 18h30 desta quarta-feira (25/10).
Os jurados reconheceram a autoria e a materialidade dos crimes, bem como as qualificadoras de motivo torpe, dissimulação e para assegurar a impunidade de outro crime (com relação a Antônio Edmilson Holanda), e duplamente qualificado (motivo torpe e dissimulação com relação a Edivanílton Freire Galvão), acatando a tese da acusação, representada pelo promotor de Justiça Marcus Renan Palácio. A defesa, patrocinada pelo advogado José Erismar Ferreira Lima, sustentou a tese de negativa de autoria.
O CASO
Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), o crime ocorreu no dia 3 de junho de 1998, por volta das 3h, na localidade “Barra do Feijão”, no município de Tabuleiro do Norte. O réu e outros quatro homens (que também foram denunciados pelo crime, mas já faleceram) teriam ido em direção à casa onde estava a vítima Antônio Edmilson e, ainda do lado de fora, gritaram ser policiais, pedindo que este saísse.
Quando Antônio Edmilson abriu a porta, os acusados invadiram a casa e, armados de revólveres, pistolas e espingardas, atiraram contra os que estavam presentes no local, resultando em duas vítimas fatais.
O MP/CE afirma ainda que a ação foi premeditada, com características de chacina, e teria sido motivada pelo fato de Antônio Edmilson ter deixado de participar do grupo criminoso do qual os réus faziam parte.
O processo foi desaforado de Tabuleiro do Norte para Fortaleza em 2012. O réu atualmente está preso na penitenciária de Alcaçuz (RN).