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Acusado da execução de radialista é condenado a 23 anos de prisão

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28.05.2009 Cotidiano Pág.: 07
Depois de 12 horas de julgamento, foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão, um dos homens apontados pela morte do radialista Nicanor Linhares Batista, no dia 30 de junho de 2003, no interior da rádio de sua propriedade, Vale do Jaguaribe, em Limoeiro do Norte.
O réu Cássio Santana de Souza foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem chance de defesa da vítima. Ainda está embutido na sentença o crime de formação de quadrilha qualificado. O sargento Francisco Edésio de Almeida, que seria julgado junto com Cássio, teve seu julgamento desmembrado e seu júri ainda não tem data definida.
O crime foi supostamente cometido por uma rixa entre a ex-prefeita de Limoeiro Maria Arivan Lucena e seu marido, o desembargador federal José Maria Lucena. O casal é apontado pela autoria intelectual da execução.
O julgamento teve início às 14 horas de anteontem e a decisão do Conselho de Sentença só foi apresentada às 2 horas de ontem, na 1ª Vara do Júri, do Fórum Clóvis Beviláqua, em júri presidido pelo juiz Francisco Mauro Liberato. A condenação foi decidida por unanimidade de quatro votos, dos sete componentes do Conselho.
O promotor de Justiça Francisco Marques Lima afirmou que o réu negou conhecer os acusados do crime, mas responde a processos de roubo qualificado e tentativa de assalto a banco com os mesmos. ?Está nos autos, eles se conheciam desde criança?, disse Marques. Cássio passou todo o julgamento bastante tranquilo e negou ter participado da trama sobre a morte de Nicanor Linhares, porém, o Conselho de Sentença rejeitou a tese de negativa de autoria.
No julgamento, o réu afirmou que na época do crime, estava na Bahia com sua família, trabalhando para um vereador. O promotor leu para o juiz os autos do processo em que consta o depoimento de uma testemunha, afirmando que ele e Edésio de Almeida intermediaram reuniões entre os mandantes do crime e os executores e que depois disso, seguiu para Bahia.
Para o promotor, o crime foi anunciado, pois várias pessoas da cidade sabiam que a morte de Nicanor estava encomendada no valor de R$ 15 mil. O preço foi dito perante os presentes do julgamento, por uma testemunha chave que esteve presa com um dos envolvidos, conhecido por ?Dervan?, que receberia o dinheiro do sargento Edésio juntamente com uma pistola.
Foi dito também no julgamento que foram pagos R$ 6 mil pelo crime e que Devan teria jurado Edésio de morte, caso não cumprisse o restante do trato. Cássio Santana de Souza deve cumprir pena onde já estava preso, na Penitenciária de Segurança Máxima de Mato Grosso.
Outras duas pessoas apontadas pelo homicídio foram condenadas em outra ocasião, são elas: Lindenor de Jesus Moura Júnior, com pena de 26 anos de reclusão e Francisco José de Oliveira Maia, acusado de autoria material. Este cumpre pena de oito anos, mas recorreu ao Tribunal de Justiça.
» Justiça absolve acusado de matar advogado. A Justiça absolveu ontem o último acusado de participação na morte do advogado Murilo Muniz Machado. O réu José Fábio de Castro Moura, o ?Boca Mole? foi investigado nos autos como participante de uma reunião na qual foram acertados os detalhes para a execução do crime. Ele já estava solto através de habeas corpus.
O crime aconteceu no dia 30 de março de 2007, na avenida Perimetral, no bairro São Cristóvão. A vítima saiu de casa dirigindo seu veículo, uma Pajero e foi se encontrar com um cliente. Ele foi alvejado com vários disparos.