Conteúdo da Notícia

Acusadas de participar do sequestro de duas  crianças em Fortaleza têm habeas corpus negado

Acusadas de participar do sequestro de duas crianças em Fortaleza têm habeas corpus negado

Ouvir: Acusadas de participar do sequestro de duas crianças em Fortaleza têm habeas corpus negado

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) negou habeas corpus para Roseane Vasconcelos Rego e Francisca Vitória Gomes dos Santos, acusadas de participar do sequestro de duas crianças em Fortaleza. O crime ocorreu quando o pai de uma delas estacionou para deixá-las em um colégio da Capital, em novembro de 2016.
De acordo com a relatora do processo, desembargadora Francisca Adelineide Viana, as acusadas devem permanecer presas devido às circunstâncias do crime e para assegurar a paz social. “Trata-se de delito de extorsão mediante sequestro de duas crianças, uma de cinco e outra de oito anos de idade, com privação de liberdade e utilização de arma de fogo, tendo sido as pacientes [Roseane e Francisca] encontradas em estado de flagrância no cativeiro onde eram mantidos ambos os menores impúberes”, explicou.
A defesa, alegando ausência de fundamentos ensejadores da prisão preventiva, interpôs habeas corpus (n° 0000008-42.2017.8.06.0000) no TJCE. Requereu que as duas respondam o crime em liberdade.
Ao julgar o caso, nessa quarta-feira (22/02), a 2ª Câmara Criminal negou o pedido por unanimidade.
Para a relatora, o argumento que se refere aos requisitos da prisão preventiva, “verifica-se que, ao contrário do que afirmam os impetrantes, não apenas se encontram preenchidos, in casu, os pressupostos e fundamentos previstos no art. 312, do Código de Processo Penal, como foram devidamente apontados na decisão pela qual se manteve a constrição”.
O CRIME
Segundo os autos, no dia 13 de novembro do ano passado, o pai de uma das crianças levava o filho e uma amiga para o colégio no bairro Meireles, quando o carro foi interceptado por dois veículos em que estavam os criminosos. O homem e os dois menores foram feitos reféns e levados para cativeiro, uma casa de veraneio alugada na praia da Taíba, no Município de São Gonçalo do Amarante, Região Metropolitana de Fortaleza.
Os acusados pediram a quantia de R$ 500 mil pelo resgate. O pai foi liberado para conseguir o dinheiro. A função das duas mulheres no grupo era cuidar das crianças e cozinhar. Os seis acusados foram presos em flagrante, após investigação policial, que encontrou o esconderijo e resgatou as vítimas.
Em depoimento, as duas rés alegaram que só souberam do sequestro quando chegaram na residência. A motivação do crime seria uma dívida que um empresário (suposto mandante do crime) teria com a empresa onde o pai de uma das crianças trabalhava.