O policial militar Airton Martins de Carvalho, acusado de tentar matar Marcos Alexandre Pinheiro da Silva, em fevereiro de 2000 nas proximidades da avenida Aguanambi, foi absolvido nesta segunda-feira (19/10) em julgamento realizado no Fórum Clóvis Beviláqua. O réu, que, na época do delito, encontrava-se afastado das funções por distúrbios psicológicos, já que havia sido diagnosticado como esquizofrênico, conforme laudo médico da Polícia Militar, foi considerado inimputável e será submetido a tratamento ambulatorial.
Consta na denúncia que a vítima trafegava em uma bicicleta quando foi abordada pelo réu que lhe mandou parar. No entanto, a vítima fugiu e o acusado disparou vários tiros na direção de Marcos Alexandre Pinheiro da Silva. Segundo o Ministério Público, os disparos quase atingiram também Francisco Neilson Caracas, que passava pelo local.
O réu foi pronunciado pelo juiz da 1ª Vara do Júri, Francisco Mauro Ferreira Liberato, tendo em vista que, ao ser submetido a novo exame psicológico, desta vez requerido pela Justiça, foi constatado que os transtornos eram decorrentes do consumo de bebida alcoólica.
A defesa patrocinada pela advogada Antônia Neuza de Lima Souza ainda chegou a recorrer da sentença de pronúncia, porém o Tribunal de Justiça do Ceará manteve o julgamento. A defensora requereu a absolvição sumária alegando que o réu não tentou contra a vida de Marcos Alexandre e que, diante da chamada ?tentativa branca?, ou seja, quando não há lesão à vítima, não deve subsistir a condenação.
A acusação foi feita pelo promotor de Justiça Francisco Marques e o julgamento foi presidido pelo juiz Francisco Mauro Ferreira Liberato, titular da 1ª Vara do Júri.