Representantes do Ministério Público de todo País participam, na Esmec, da I Reunião Ordinária do Grupo Nacional de Direitos Humanos

Des. Haroldo Máximo (falando ao microfone) deu as boas vindas aos representantes do Ministério Público.
Des. Haroldo Máximo (falando ao microfone) deu as boas vindas aos representantes do Ministério Público.

Procuradores e promotores de justiça de todo o País estarão participando, de hoje (13/03) até sexta-feira (15/03), no auditório da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec), da I Reunião Ordinária do Grupo Nacional de Direitos Humanos.
Na abertura do evento, às 15 horas desta quarta-feira, o Diretor da Esmec, desembargador Haroldo Correia de Oliveira Máximo, deu as boas vindas aos participantes, elogiou a iniciativa dos membros do Ministério Público (MP) e colocou a Escola à disposição para eventos do órgão.
A mesa de honra da solenidade de abertura foi composta pelo desembargador Haroldo Máximo; procurador Eduardo de Lima Veiga, chefe do MP do Rio Grande do Sul e presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH); procurador geral de Justiça do Ceará, Alfredo Ricardo de Holanda Cavalcante Machado; ex-procuradora geral de justiça Maria do Perpétuo Socorro França Pinto; e os promotores de justiça Ângela Souto Rotunno (RS), Maria Roseli Almeida Peri (TO), Tânia Garcia Santiago (RO), Paulo Fernando Lermen (RO), Rebeca Monte Nunes Bezerra (RN), Lindinalva Rodrigues Dalla Costa (MT) e Maria Cristina Rocha Pimentel (ES).
O evento é uma promoção do GNDH, órgão do Conselho Nacional de Procuradores Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), composto por representantes dos Ministérios Públicos dos Estados, da União, do Distrito Federal e Territórios, Militar e do Trabalho.
Os participantes de evento irão discutir, nesses três dias, nas salas de aula da Esmec, diversos problemas afeitos às áreas de atuação do MP, nas seguintes comissões temáticas: Comissão Permanente de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Copevid), Comissão Permanentes de Defesa da Saúde (Copeds), Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos – Sentido Estrito (Copedh),Comissão Permanente de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Copedpdi), Comissão Permanente da Infância e Juventude (Copeije) e Comissão Permanente de Educação (Copeduc).

PEC 37

A Proposta de Emenda Constitucional nº 37/2011, que tira do Ministério Público o poder de investigação criminal, determinando que essa atribuição deve ser específica das polícias civis estaduais e Polícia Federal, foi repudiada pelos procuradores e promotores presentes ao evento.
Para o procurador geral de justiça do Ceará, a aprovação da “PEC da impunidade”, como vem sendo chamada a proposta que tramita no Congresso Nacional, irá ampliar mais ainda a impunidade no País.
Ricardo Holanda afirmou que a sociedade vem aprovando a atuação do Ministério Público – nas esferas municipal, estadual e federal – no combate a certos desvios do poder público, sobretudo em relação à dilapidação do erário. Ele lamenta que, por questões políticas e não jurídicas, a PEC tenha grande possibilidade de ser aprovada no parlamento.
“O momento é de gravidade e tem relação direta com os direitos humanos e demais direitos fundamentais abrigados na Constituição Federal. Temos a necessidade urgente de fazer um trabalho sério junto à sociedade, para que ela também defenda o poder de investigação do Ministério Público. Vamos atuar junto aos deputados federais e senadores para tentar evitar a aprovação dessa PEC”, destacou o procurador Ricardo Holanda.