Grande número de magistrados e outros profissionais do Direito, que atuam na área da mediação judicial ou são simpatizantes desta prática de solução de conflitos, prestigiou a palestra do norte-americano Randell Lee Wilkinson, juiz aposentado da Corte Superior da Califórnia, realizada na noite de quinta-feira (31/08), no auditório da Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará (Esmec).

A abertura do evento foi feita pelo Juiz Coordenador da Esmec, Ângelo Bianco Vettorazzi. A mesa de honra foi composta pelo palestrante; pela desembargadora Tereze Neumann Duarte Chaves, Supervisora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça do Estado (Nupemec/TJCE); juiz Sérgio Luiz Arruda Parente, Coordenador do Nupemec; e juíza Jovina D´Ávila Bordoni, Coordenadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Fortaleza.

Citando algumas diferenças e semelhanças entre Brasil e EUA, na mediação de conflitos, Randell disse que os americanos não fazem distinção entre mediador e conciliador, como ocorre na justiça brasileira. “Nos Estados Unidos quem concilia pode também mediar. Não há essa diferença de atribuições como no Brasil”, frisou.

Ele também citou semelhanças entre os dois países: “Na Califórnia, até 30 anos atrás, muitos juízes vinham da advocacia, sempre com aquela visão direcionada para julgar processos. Aqui no Brasil tenho encontrado o mesmo problema, ou seja, a cultura da sentença, que é uma grande ameaça ao instituto da mediação”.

Segundo ele, a prática da mediação vem crescendo de importância nos dois países, embora ainda haja muita descrença em sua eficácia (nas duas nações), tanto por parte de juízes, como de advogados e das próprias partes envolvidas em um litígio.

A palestra, intitulada “Mediação: uma comparação dos desafios e benefícios nos Estados Unidos da América e no Brasil”, foi transmitida ao vivo pelo Facebook da Escola, estando disponibilizada nesta mídia social e também no Canal da Esmec, no Youtube.