Kay Pranis: “A Justiça Restaurativa serve para lembrar quem nós realmente somos”
Kay Pranis fez um discurso sereno e bastante elogiado, tanto pelos presentes ao auditório da Esmec como pelos internautas que se manifestaram pelas redes sociais, uma vez que sua palestra foi transmitida ao vivo pelo Facebook. O evento aconteceu na noite da última sexta-feira (22/09), e foi promovido pela Terre des hommes em parceria com a Esmec, Vice-Governadoria do Estado e Escolas do Ministério Público e da Defensoria Pública.
Após o mestre de cerimônia ler sua biografia e comentar seu importante trabalho na busca da paz social, Kay Pranis iniciou sua fala dizendo: “Não se impressionem muito com o que ele acabou de falar: eu sou apenas um ser humano”.
A pesquisadora e ativista comunitária norte-americana iniciou seu discursos dizendo ser fundamental para o trabalho que ela realiza saber que cada ser humano tem sua sabedoria interna. “A filosofia da Justiça Restaurativa e os processos restaurativos são todos para lembrar quem nós realmente somos”, sublinhou.
Veja a seguir alguns trechos de sua palestra:
“Eu quero fazer aqui o meu momento de gratidão pelos ancestrais dessa terra, pelos meus próprios ancestrais. Pela terra, pelas águas, pelas pedras, pelas rochas, pelos animais e o precioso ar que nos compartilhamos. Eu quero agradecer ao Brasil amplamente, por trazer o melhor que eu tenho de mim. Eu acho que eu mostro o meu melhor aqui no Brasil porque os brasileiros me dão muito amor.”
“A cultura de paz necessita de mudanças diárias para podermos alcançar um bom resultado. Os círculos oferecem uma ferramenta prática para alcançarmos a necessária mudança, e para dar apoio à sustentabilidade, a longo prazo, dessas mudanças. A cultura de paz deve trabalhar no sentido de atender às necessidades de significado e de pertencimento, que são as mais básicas para o ser humano.”
“Infelizmente, vivemos uma cultura que bloqueia o pertencimento e o significado, para a maioria das pessoas que fazem esse nosso meio social, particularmente para membros de grupos marginalizados, as pessoas pobres. Mas não só as pessoas marginalizadas, a nossa cultura ocidental, de uma maneira geral, não nutre nas pessoas o desejo de se atender às necessidades do significado de pertencimento.”
Assista à palestra de Kay Pranis na íntegra no Canal Esmec do Youtube, ou no Facebook da Escola.
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