Em pleno ano de 2012, quase três décadas depois, as heranças do regime que matou, dilacerou, sequestrou e oprimiu boa parte da população brasileira ainda tem grande influencia na forma como nossa sociedade se organiza. Desde a forma como as instituições militares agem contra a população
organizada até a impunidade vigente sobre aqueles que foram os principais agentes do horror institucional praticado pelo estado brasileiro entre os anos de 1964 e 1984. Ainda reflexo disso é que nem sequer os arquivos que detalham todo o esquema de perseguição a cidadãos brasileiros pode ser
acessado ainda hoje. Estes arquivos estão trancafiados! Selando com sangue o sigilo de um horror que o povo brasileiro não quer deixar de esquecer, jamais!

É por isso que uma série de movimentos sociais ainda hoje se articulam para desvelar essa história de opressão e tortura institucional que ainda espera o dia que ocupará a devida atenção e justiça no Brasil. Para isso, nesta última semana de março, às vésperas do 48º aniversário do golpe civil-militar de 1964, a *Federação do Movimento Estudantil de História – FEMEH, a Associação Anistia 64/68, o Grupo Aparecidos Políticos, o Centro Acadêmico “Caldeirão” História – UECE e o Centro Acadêmico “Frei Tito de Alencar” História – UFC realizarão a II Jornada Pra Não Esquecer Jamais.

Serão várias atividades que trarão à Fortaleza a memória de um dos períodos mais nefastos da história brasileira.

São oficinas, debates, feiras e rodas de conversa com pessoas perseguidas pela ditadura, especialista do tema e interessados em geral construindo assim uma discussão pública necessária para que saibamos superar com a necessária seriedade e justiça todas as atrocidades da ditadura civil militar brasileira.

Abaixo, segue a programação para ampla divulgação:

II Jornada Pra Não Esquecer Jamais

Segunda (26/03) *
– Oficina de Agitação e Propaganda “nos tempos da didatura”, com Tarcísio
Leitão
Local: UECE, Em frente o Auditório Central, Campus do Itaperi, 15h30

*Terça (27/03) *
– Roda de conversa “Experiências da Ditadura”.
Local: UECE, Auditório da PROGRAD, Campus do Itaperi, 18h

*Quarta (28/03) *
– Cine-debate do documentário “Barra 68” com Mário Albuquerque e Prof. Dra.
Adelaide Gonçalves
Local: UFC, Auditório Raquel de Queiroz, CH-2 Benfica, 9h
– Cine-debate documentário “Vou contar para os meus filhos” com ex-presas
políticas da ditadura e Prof. Dra. Ana Rita Fonteles
Local: UFC, Auditório Raquel de Queiroz, CH-2 Benfica, 14h
– Mesa Redonda “A comissão da verdade e os ranços da ditadura” com Pedro
Albuquerque (UNIFOR)
Local: UECE, Auditório da PROGRAD, Campus do Itaperi, 18h

*Quinta (29/03)*
– Rebatismo Popular da Rua Laudelino Coelho
Em frente à Polícia Federal, 14h

*Sábado (30/03)*
– Feira da Memória
Local: Praça do Preso Político Desaparecido, em frente ao 23º BC, 16h

Fonte: Associação Anistia 64/68