Coordenador da Esmec participa do curso Formação de Formadores em Recife
Juntamente com outros cinco juízes cearenses, o Coordenador Geral da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), juiz Ângelo Bianco Vettorazzi, participa até quinta-feira (18/05) do curso Formação de Formadores (Fofo), que a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), com apoio da Esmape (Escola Judicial de Pernambuco), realiza no auditório da sede do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5), em Recife.
O módulo é regional e reúne nove juízes federais e 31 estaduais com lotação em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará. O presidente da Comissão de Desenvolvimento Científico e Pedagógico da Enfam, desembargador Eladio Lecey fez a abertura. Segundo ele, este é o primeiro ano que a Enfam leva às regiões o curso com objetivo de ampliar o quadro de formadores nas escolas judiciais federais e estaduais.
“Existe um regramento que diz, os cursos devem ser ministrados, preferencialmente, por docentes que tenham formação específica. Este ano, a Enfam pretende qualificar mais de 200 magistrados para atender um percentual mínimo de formadores que as escolas devem ter no seu quadro de docentes”, afirmou Eladio Lecey.
O curso tem 80 horas/aula e foi dividido em três módulos e conta com o trabalho de pedagogos. O primeiro módulo que está sendo oferecido, tem foco nos elementos da atividade docente no contexto da magistratura e já foi ministrado também na região centro-oeste, em Campo Grande (MS). O segundo, será à distância e somará 40 horas/aula, e o terceiro e último módulo será presencial, em Brasília, na sede da Enfam, para congregar juízes de todos os estados do país.
De acordo com o desembargador Eladio Lecey, a Enfam tem uma proposta metodológica ativa. “Nós temos uma proposta que em vez de ensino-aprendizagem, é “ensinagem” – ao mesmo tempo em que estamos ensinando, estamos aprendendo”, conceituou.
Para Maria Eveline Pinheiro, pedagoga da Enfam, as pessoas constroem o conhecimento a partir da vivência, pautada numa abordagem teórica. “Vamos expor estudos de casos reais ou criados com objetivo de trabalhar questões específicas e os juízes, com uma orientação padrão, vão poder visualizar possíveis soluções, junto com os seus pares”, disse.
.
Carlos Henrique
No primeiro dia de curso (16/05), os trabalhos foram conduzidos pelo juiz estadual do Ceará e doutorando em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), Carlos Henrique Garcia de Oliveira e por Liliane Campos Machado, pedagoga com pós-doutorado pela Universidade de Brasília (UnB). Segundo Carlos Henrique, o juiz deve ter a conscientização do magistério e da função judicante, porque as duas atividades somadas vão contribuir para a formação de um novo magistrado.
“Além do conhecimento jurídico por ser integrante do tribunal, o juiz deverá agregar a ética e o humanismo e, acima de tudo, a concepção de um Poder Judiciário que tem um compromisso social muito maior com a efetividade de sua prestação jurisdicional, com a celeridade e eficácia. Nossas decisões vão influenciar a vida da sociedade e precisamos estar integrados à realidade socioeconômica na qual vivemos”, disse Carlos Henrique Oliveira.
Sobre o tema abordado das especificações do ensino e da aprendizagem, o juiz e professor Carlos Henrique diz “Entendemos que o processo de aprendizagem não se restringe ao professor ensinar mas, principalmente, avaliar se todo o conteúdo abordado está recebendo a adesão do aluno. A nossa preocupação maior é que o conteúdo possa ser recepcionado com satisfação e a partir daí seja desenvolvido pelos próprios alunos”.
.
Com informações do site da Ejud (Esmape).