O juiz auxiliar da 1ª Vara do Júri de Fortaleza, Eli Gonçalves Júnior, ouviu, na tarde desta segunda-feira (31/10), Bruno Torquato Nogueira e Johnny Alves do Nascimento, acusados de incendiar ônibus no bairro Messejana, na Capital.
Foi a última audiência de instrução deste caso. O juiz irá analisar toda a ação e decidir se os réus serão pronunciados ou não pelos crimes de tentativa de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e que dificultou a defesa das vítimas) contra o motorista e o cobrador; roubo em concurso de pessoas; incêndio a transporte público e associação criminosa.
De acordo com os autos (nº 0798779-16.2014.8.06.0001), no dia 2 de dezembro de 2014, por volta de 16h20, os dois acusados e mais três comparsas não identificados, entraram em ônibus da linha Guajerú II, da empresa Vega S/A Transportes Urbanos. Três deles passaram pela catraca e dois ficaram na parte de trás do veículo.
Em seguida, iniciou-se uma gritaria no coletivo, quando os três homens anunciaram que iriam atear fogo no carro. O motorista abriu as portas para que os passageiros pudessem sair, enquanto um dos homens despejava um líquido no interior do veículo. Enquanto isso, os outros dois abordavam o cobrador, que entregou todo o dinheiro do caixa e seus pertences.
Ao mesmo tempo, o incêndio foi iniciado. O cobrador conseguiu sair, mas mesmo assim sofreu queimaduras nos braços e teve os cabelos chamuscados.
Os acusados e os comparsas fugiram. A Polícia Militar foi acionada e realizou diligência, conseguindo prender os dois réus, que foram levados à delegacia e autuados em flagrante. Eles afirmaram que agiram em represália a uma morte ocasionada em uma troca de tiros com a Polícia.