23.06.2009 Fortaleza Pág.: 09
Quatro testemunhas de acusação foram ouvidas na primeira audiência de instrução sobre o caso da morte do estudante universitário Antônio Neilton Farias de Abreu, entre elas, o motorista da van em que o jovem foi morto e o perito que analisou as marcas de bala do carro. O estudante foi baleado na van que fazia a linha seis, durante um tiroteio entre polícia e assaltantes, no dia 12 de junho de 2007.
A audiência ocorreu ontem pela manhã na 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua. Foram ouvidas duas passageiras da van, além do motorista e do perito. Eles confirmaram que o tiroteio começou durante o assalto, após a van ser interceptada pelo polícia e que os tiros partiram dos assaltantes e dos policiais.
Outra audiência foi marcada para o dia 9 de julho, quando serão ouvidas mais quatro testemunhas de acusação, as testemunhas da defesa e os réus. Com as audiências, o juiz Jucid Peixoto do Amaral, responsável pelo caso, avaliará se os réus serão encaminhados a julgamento e em que artigos devem ser citados.
A promotoria acusa o policial militar Francisco das Chagas Tenório de ser o autor do disparo que atingiu Neilton na cabeça, quando trocava tiros com os assaltantes Fábio Sousa Lima, Francisco Daniel Duarte e Lydenyson Machado de Sousa, que estavam dentro da van. Dessa forma, o PM iria a julgamento sob acusação de homicídio simples, enquanto os três assaltantes iriam por assalto a mão armada.
Já a defesa do policial, questiona o resultado da perícia que aponta a possibilidade do disparo que matou Neilton ter partido da arma do PM e defende a inocência dele. Dessa forma, os três assaltantes seriam acusados de latrocínio, quando o assalto é seguido de assassinato. Os advogados dos assaltantes estão de acordos com a tese da promotoria.