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Poder Judiciário deve ter um padrão nacional, afirma ministro Gilmar Mendes em visita ao Piauí

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26.04.09
O Poder Judiciário brasileiro deve ter o mesmo padrão em todo o Brasil. Esse é o entendimento do presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que participou neste domingo (26), em Teresina (PI), do encerramento dos trabalhos do “Programa Integra” no Judiciário piauiense. “A Justiça nacional tem que ter o mesmo padrão, o mesmo stand up no Brasil”, afirmou.
Ao falar sobre o êxito das atividades desenvolvidas pelo CNJ no Judiciário do Piauí, o ministro disse que se trata de um trabalho de transformação. Ele afirmou que “é um trabalho sério de transformação para se ter uma Justiça digna do século 21”. O ministro lembrou da resistência encontrada pelo CNJ no Estado no início das atividades e disse que nem sempre é possível desenvolver medidas que atendam aos anseios da população. Segundo ele, não cabe “aplausos fáceis” ao Judiciário.
“A questão constitucional muitas vezes é pensada contra a maioria, ou até contra a opinião pública. Se fossemos perguntar à opinião pública em um determinado momento o que ela quer que se faça com um preso, pode ser que a opinião pública queira o seu linchamento, e essa não pode ser a resposta de uma sociedade civilizada”, enfatizou.
Programa Integrar
Durante a visita ao Estado, o ministro participou da inauguração do Núcleo de Advocacia Voluntária, na Casa de Justiça e Cidadania; da inauguração das instalações do novo Fórum Criminal; e visitou ainda a Vara da Fazenda Pública do Estado, que foi toda reformada com o apoio do grupo do “Programa Integrar”, coordenado pelo CNJ
O grupo passou 45 dias no Estado e desempenhou medidas de modernização e otimização do Judiciário no Piauí. O ministro Gilmar Mendes informou que o trabalho de modernização da Justiça deverá continuar no Estado, com o apoio do CNJ. O presidente do Conselho anunciou que um grupo de tecnologia da informação será enviado ao Estado para ajudar no processo de informatização da Justiça. Segundo ele, o próximo estado a receber ajuda do CNJ será o Maranhão.