Em pleno funcionamento desde 30 de julho de 2014, a Oficina Pais e Filhos é realizada pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Fórum Clóvis Beviláqua (CEJUSC). O projeto tem o objetivo de auxiliar famílias a superar o momento da separação dos pais e os conflitos gerados a partir de então. Além do Ceará, apenas Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo e Minas Gerais realizam oficinas semelhantes, que atendem à Recomendação nº 50/2014 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Segundo o supervisor do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Francisco Gladyson Pontes, o Núcleo já recebe ligações de outros estados interessados na implantação do projeto. “São ideias desse porte que nos animam. Mediação e conciliação resolvem conflitos e programas como esse fazem com que o acordo aconteça mais facilmente”, afirmou.
A psicóloga Gleiciane Van Dam, coordenadora das oficinas, explicou que a iniciativa ajuda os pais a estabelecerem uma relação construtiva, e a passar isso para os filhos. Por isso, além de atividades voltadas aos pais, que ficam em salas mistas separados um do outro, acontecem simultaneamente com os filhos, divididos em salas para crianças, de 6 a 11 anos, e para adolescentes, de 12 a 17anos. “Nós procuramos realizar atividades diferenciadas. Para as crianças, lemos livros, fazemos fantoches, pintura. Já com os adolescentes utilizamos músicas e escrita”, esclareceu Gleiciane.
Na ocasião, os pais aprendem a exercer melhor a parentalidade, através de técnicas que auxiliam a estabelecer uma comunicação construtiva com os filhos. Para a coordenadora do CEJUSC, juíza Natália Almino Gondim, o propósito é estabelecer um diálogo saudável. “Nossa maior felicidade é o retorno das pessoas. É visível a diferença quando um casal que participou da oficina chega para conciliar”, disse.
O projeto realiza, normalmente, duas atividades por mês. A próxima oficina acontece no dia 21 de outubro.