Conteúdo da Notícia

Meu Pai Vale Ouro: Diferentes formas de ser, múltiplos jeitos de amar

Ouvir: Meu Pai Vale Ouro: Diferentes formas de ser, múltiplos jeitos de amar

Reportagem: Lara Veras
Jornalista da Assessoria de Comunicação do TJCE

“A questão não é que você, obrigatoriamente, tenha que doar sua vida toda para o filho, mas é porque você sente a necessidade de fazer isso. Sente vontade de dar o mundo todo para ele e o que mais puder. Quando nasce um filho, nasce um pai junto”. A declaração é de Paulo Oliveira, colaborador da Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) e pai de primeira viagem, ainda emocionado pelo nascimento do filho Louis Benjamim.

Para o Dia dos Pais deste 2024, o TJCE conversou com alguns pais e filhos no intuito de mostrar a grandeza dessa missão e como o afeto paterno pode ser bálsamo na construção de bons cidadãos. Não importa a configuração, se é tradicional ou não, se é mais fácil ou mais difícil. O que importa é que o amor impere, sendo a base de tudo. O Paulo mudou até os hábitos de vida para ter mais longevidade e disposição para acompanhar o filho em todas as fases.

“A cada dia é uma experiência nova. Você começa a dar valor a pequenas coisas, um sorriso, um olhar que ele dá. Então, tudo é motivo de aprendizado. É um sentimento de querer evoluir para dar uma vida de qualidade para ele”, garante o pai, encantado com o bebê, que nasceu no último dia 27 de junho.

 

Paulo Oliveira e Louis Benjamim

 

PAI PARTICIPATIVO E AMOROSO
O servidor Alysson Alexandre Pimentel, da Consultoria Jurídica do Tribunal, conta que todas as grandes conquistas de sua vida são reflexo dos ensinamentos recebidos do pai, Francisco Alexandre Silva, sempre presente e atuante na educação dele e dos irmãos. “Costumo dizer que ele é meu melhor amigo. Sempre acompanhou meus passos, é um bom pai, bom marido, uma pessoa trabalhadora, esforçada e, além disso, para mim é o dono dos melhores conselhos, a minha base de apoio”, afirma o filho de Francisco.

 

Francisco é o maior incentivador do filho

 

A servidora Bárbara Lima, da Diretoria Negocial do Processo Judicial Eletrônico (PJe), é filha de Kleber de Moura Bastos e diz que o pai é um sonho, pois participa ativamente da vida de toda a família. “Ele sempre foi um pai muito amoroso, muito cuidadoso, sempre deu tudo de si por nós, pela nossa casa. Nos nutriu com muito amor, sempre encheu os nossos tanques de cuidado, de carinho, então ele realmente é um pai que vale ouro e eu sou muito grata a Deus por tê-lo na minha vida”, vibra, com um coração nutrido do amor paterno.

“Um pai tem que ser presente. Presente na família, com os filhos, presente na caminhada. Ser um porto seguro que nos momentos de alegria e de tristeza os filhos têm com quem contar. Um bom pai é aquele que faz a diferença, seja no colégio, seja na faculdade, seja no trabalho. Ter as filhas que Deus me deu é ter uma medalha de ouro dada pelo Senhor. Sou feliz, sou realizado por ter duas filhas que são presentes de Deus para minha vida, para minha família”, reforça o pai da Bárbara, na certeza de que a paternidade é sua vocação.

 

Kléber é o pai de Bárbara

 

Débora Suzan, servidora da 3ª Vara do Júri, ressalta que o pai, Othoniel Alves de Oliveira, é um exemplo daquilo que há de melhor na vida. “Tudo que eu sei sobre amor e sobre resiliência, aprendi com ele. Aprendi a olhar para as pessoas de uma forma mais humana, a ter empatia e a sempre me colocar no lugar do outro, ter alteridade. Isso, com certeza, eu aprendi com ele”, reconhece.

E, mesmo com a filha já adulta, o pai segue firme na missão de contribuir para um mundo melhor. “Durante o tempo de vida deles, desde o nascimento até hoje, eu os ensino a não serem só filhos, ou não só irmãos uns dos outros. Mas a serem pessoas, a verem os outros e as outras como semelhantes que merecem toda consideração que eles acham que eles merecem da minha parte ou da parte de qualquer pessoa”, convoca o paizão.

 

Débora sabe que pode contar com o abraço caloroso do pai

 

DUAS VEZES PAI
Renato Gurgel também é colaborador da Assessoria de Comunicação do TJCE e fala com muito carinho da relação com seu não-tradicional pai, Edmar Gurgel. “Ele é um avô que adotou o neto. Então, ele é pai duas vezes, porque o avô, quando fica com o neto, se ele já é ‘babão’, além de ser avô ainda é pai. Eu acho que tem um peso muito maior e aí ele fica certamente no primeiro lugar”, festeja, assegurando que é abençoado por ter um pai-avô tão incrível.

“Quando a gente tem um neto querido, cuja mãe era minha filha e faleceu, a gente tem que dar tudo o que é de amor. Aí a gente fica sempre feliz da vida por causa disso. Uma família unida é a coisa mais linda que pode existir. Ele era bem ‘aplicadozinho’, danadinho. E o que eu achava mais lindo nele era o carinho que tinha com a mãe, minha filha Tânia. Isso conquista toda a família. Sou orgulhoso de ser pai, avô e companheiro de tudo dele”, justifica Edmar, com muita emoção ao falar da relação com Renato.

O vídeo com os depoimentos dos colaboradores e seus pais será publicado está disponível no Canal do TJCE no Youtube. A produção integra a campanha “Meu Pai Vale Ouro”, promovida pelo TJCE, por meio da Assessoria de Comunicação. Clique AQUI para conferir.

 

Renato ouve com atenção todos os conselhos do pai-avô

 

O SONHO DA PATERNIDADE
Paulo Cesário procurou o Poder Judiciário cearense, se inscreveu no Sistema Nacional de Adoção (SNA) e, aos 32 anos, está prestes a realizar o sonho de ser pai solo. A decisão foi consolidada após o fim do relacionamento com o companheiro, quando a paternidade continuou sendo uma certeza na vida dele.

“Estou com a guarda provisória, na expectativa de que saia logo a guarda definitiva. Depois que a pandemia passou e eu já tinha sido habilitado, solteiro, mais maduro e mais focado no que eu queria, aí foi que nunca desisti da minha filha. Sou sempre consciente das minhas ações e atitudes, priorizo o bem-estar da minha filha, sempre proporcionando a ela o máximo que eu puder e pensando na minha saúde física e mental, pois quero que Deus me dê muitos anos de vida para eu poder educar minha filha”, salienta Paulo Cesário, que tem o apoio da família para realizar o sonho da paternidade.

COMO FAZER PARA ADOTAR?
Quem deseja adotar uma criança institucionalizada deve primeiro fazer o procedimento de habilitação. No Portal do TJCE é possível se informar de todo o passo a passo. Quem é da Comarca de Fortaleza deve enviar a documentação para o e-mail, em PDF, cadastro.adocao@tjce.jus.br. Pessoas que moram no Interior podem entrar em contato com o Fórum da comarca.

Conforme o artigo 50 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), existem apenas três hipóteses de adoção em que não será necessária a habilitação prévia, são elas: adoção unilateral, pelo padrasto ou madrasta, do filho do cônjuge ou companheiro; adoção por parente com vínculos; e adoção do guardião legal da criança maior de três anos. Fora essas opções, todos devem realizar o procedimento de habilitação para adoção via SNA.