O juiz Gonçalo Benício de Melo Neto, titular da 2ª Vara da Comarca de Itapipoca, distante 147 km de Fortaleza, condenou Carlos Jean Veras a sete anos e seis meses de reclusão em regime fechado. Ele é acusado dos crimes de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Segundo os autos (nº 10272-14.2014.8.06.0101), em 2008, após perceber aumento de ocorrências relacionadas à inclusão indevida de nomes de pessoas em cadastros de inadimplentes, a Polícia Civil de Itapipoca instaurou inquérito policial para investigar o caso. Durante a apuração, foram requeridas interceptações telefônicas de pessoas que participavam da ação criminosa.

Após investigação, o Ministério Público do Ceará (MP/CE) apresentou denúncia contra 92 réus. Devido à grande quantidade de acusados, o Juízo da 2ª Vara de Itapipoca optou pelo desmembramento do processo, sendo Carlos Jean um dos denunciados na ação.

Ele foi preso preventivamente este ano. Na defesa, alegou não haver provas suficientes para sua condenação.

Ao analisar o caso, o magistrado destacou que Carlos Jean “é figura de relativo destaque na organização criminosa. Referido por vários dos corréus, Jean auferiu vultosos lucros com a atividade ilícita, tanto que constituiu vasto patrimônio, movimentando centenas de milhares de reais em pouco tempo”.

Ainda de acordo com o juiz, “há várias menções feitas ao réu, ou por ele mesmo, nas ligações interceptadas, em que faz referência a peças, folhas e informações, tudo referente ao modus operandi dos estelionatários”.

A decisão foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico do último dia 10.