A Vara de Execução de Penas Alternativas e Habeas Corpus (Vepah) de Fortaleza realizou, nesta sexta-feira (29/11), oficinas sobre a Lei Maria da Penha e iniciação ao trabalho, no Fórum Clóvis Beviláqua. O evento é voltado para quem responde a processo criminal ou é egresso do sistema penitenciário.

Na ocasião, a titular da unidade, juíza Maria das Graças Almeida de Quental, ressaltou o trabalho de ressocialização desenvolvido pela Vara. “Para a reinserção social temos que estar sempre em busca de inclusão”, afirmou.

A oficina sobre a Lei Maria da Penha foi ministrada pela psicóloga do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital, Clarissa Nobre. “As implicações da violência de gênero são negativas não apenas para as mulheres e crianças, mas para os próprios homens infratores”, disse.

O técnico do convênio entre o Sistema Nacional de Emprego e o Instituto do Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT), Renato Romel, conduziu a oficina “Orientação para o Trabalho”, com 4h/a. Ele destacou a importância da capacitação para o ingresso no mercado e disse que “o local de trabalho é para se colocar em prática o conhecimento. E isto se busca com a qualificação”.

Um dos participantes das oficinas já trabalhou como chefe de cozinha e serviços gerais, mas atualmente está desempregado. Ele afirmou que a iniciativa é uma oportunidade para melhorar a vida.

NÚCLEOS DA VARA DE PENAS ALTERNATIVAS

A oficina socioeducativa sobre a Lei Maria da Penha é uma ação do Núcleo de Atendimento ao Homem Autor de Violência Doméstica contra a Mulher (Nuah). Os encontros mensais são voltados a agressores de mulheres com limitações de tempo para serem atendidos por psicólogos, assistentes sociais e advogados do projeto.

Já a oficina sobre iniciação ao trabalho, realizada pelo Sine/IDT, ocorreu no Fórum após convite do Núcleo de Reinserção Social dos Cumpridores de Penas e Medidas Alternativas. Os 17 alunos presentes participarão de seleção para vagas de trabalho

Ambos os núcleos são projetos desenvolvidos pela Vepah, em parceria com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Ceará (Sejus) e o Ministério da Justiça.