Menos estresse no trânsito, mais tranquilidade e tempo para produzir em casa
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- 20-04-2020
Nesta reportagem da Série #MEUTRABALHOEMCASA, juíza de Fortaleza conta que converte o tempo perdido no deslocamento para o Juizado da Mulher em produtividade
Trabalhar em casa sem precisar enfrentar o trânsito congestionado das principais avenidas da Capital cearense tem possibilitado aumento da produtividade. É o que garante a juíza Teresa Germana Lopes de Azevedo, auxiliar do Juizado da Mulher de Fortaleza, ao relatar que chegou a analisar 100 processos em um único dia.
“Jamais conseguiria isso se não fosse em TeleTrabalho. Eliminei o estresse do deslocamento e, então, tenho mais tempo para produzir. Começo às 8h ou mesmo antes, paro somente meia hora para almoçar e sigo até o período da noite. Fica tudo registrado no sistema. O tempo de trabalho é até maior, mas o cansaço é bem menor. Acho fabuloso”, conta.
Para alcançar melhores resultados, houve a necessidade de criar rotina e estabelecer quais atividades poderiam ser desempenhadas fora da unidade. “No Juizado, eu dedicava muitas horas à realização de audiências de instrução, o que não é possível fazer em casa. Então, eu redirecionei esse tempo para a elaboração de despachos, medidas protetivas, sentenças. Tenho me tornado mais ágil a cada dia”.
A magistrada ressalta que na residência tem espaço reservado para o trabalho, bastante silencioso e tranquilo, onde consegue se concentrar. Além do ambiente propício, ela conta com a colaboração dos servidores do Juizado. “Apesar da pandemia provocada pelo Coronavírus, nossa equipe vem se dedicando bastante para manter a celeridade na tramitação dos processos de acervo”, destaca.
À frente da unidade no período de 23 de março a 11 de abril deste ano, em virtude das férias da juíza titular Rosa Mendonça, a magistrada Teresa Germana acrescenta que a disponibilização de computadores para servidores e colaboradores, por parte do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), foi outra medida importante para que os atos processuais pudessem ser praticados diariamente.
Os pedidos de medidas protetivas de urgência são decididos imediatamente após a remessa da Delegacia de Defesa da Mulher para o Juizado e entrada na respectiva fila. “Essas demandas são prioritárias e estou bastante atenta para a análise dos pedidos tão logo sejam cadastrados no Juizado. O número de pedidos encaminhados diariamente não aumentou durante esse período. Também é importante ressaltar que nem todos os pedidos estão sendo deferidos, pois alguns não preenchem os requisitos exigidos pela Lei Maria da Penha.”
Ainda segundo a juíza, os autos de prisão em flagrante e processos de réus presos também têm análise prioritária. Além dos atos processuais, é realizada diariamente a emissão de diversos mandados judiciais (intimações, citações, entre outros), que são encaminhados imediatamente aos oficiais de Justiça pelo próprio sistema. Também são emitidos ofícios, certidões, cartas precatórias, editais e expedientes para publicações no Diário de Justiça.
“Sou muito grata aos servidores e estagiários que têm se dedicado bastante ao trabalho. Temos consciência da relevância desse serviço para a população de Fortaleza e da necessidade de prestá-lo da maneira mais eficiente possível”, avalia.
PLANTÃO
De 23 de março a 17 de abril de 2020, o esforço em equipe permitiu à magistrada proferir 641 despachos, 399 decisões, 202 sentenças sem mérito e 94 com mérito.
Em razão do plantão extraordinário, o Juizado da Mulher de Fortaleza disponibilizou dois números exclusivos para atender vítimas de violência doméstica: (85) 98822.8570 e (85) 98597.7670. O atendimento é realizado de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Para os advogados e público em geral, os atendimentos e informações sobre processos estão ocorrendo por meio da Central de Atendimento Judicial (cajfortaleza@tjce.jus.br), que também disponibiliza número de WhatsApp (85) 98869.1236 para casos de urgência. O horário de funcionamento é das 8h às 18h.
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