Conteúdo da Notícia

Participação da mulher no Pleno do TJCE cresce 250% em duas décadas

Ouvir: Participação da mulher no Pleno do TJCE cresce 250% em duas décadas

Na segunda matéria da série em homenagem ao Dia das Mulheres, você vai conhecer o protagonismo e o relevante papel de várias magistradas que contribuíram decisivamente para o fortalecimento do Poder Judiciário e o empoderamento da mulher na Justiça cearense.

A participação feminina no Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) aumentou 250% no período de 20 anos. Em 2001, quando findava a Gestão da desembargadora Águeda Passos Rodrigues Martins, primeira mulher a presidir o Judiciário estadual, o Pleno tinha quatro desembargadoras. Hoje, são 14, coincidentemente na Administração da terceira magistrada que se torna presidente do TJCE, a desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira.

Em 2001, Águeda Passos, Huguette Braquehais, Gizela Nunes da Costa e Maria Celeste Thomaz de Aragão representavam 17,4% da composição do Pleno (4 de 23 cargos). Passados 20 anos, elas são 32,5%, ou seja, 14 de 43 assentos. O crescimento em pontos percentuais é de 15,1.

Atualmente, as desembargadoras Maria Nailde Pinheiro Nogueira, Maria Iracema Martins do Vale, Vera Lúcia Correia Lima, Francisca Adelineide Viana, Maria Iraneide Moura Silva, Maria Vilauba Fausto Lopes, Lisete de Sousa Gadelha, Maria Edna Martins, Tereze Neumann Duarte Chaves, Maria de Fátima de Melo Loureiro, Lígia Andrade de Alencar Magalhães, Lira Ramos de Oliveira, Marlúcia de Araújo Bezerra e Maria do Livramento Alves Magalhães colocam o TJCE no segundo lugar em participação feminina entre os nove Tribunais de Justiça do Nordeste. O primeiro colocado é o TJBA, com 29 mulheres de 61 cargos.

MULHERES SÃO MAIORIA NA JUSTIÇA CEARENSE

A força da mulher se mostra cada vez mais evidente no Judiciário do Ceará. Entre magistradas, servidoras, cedidas, estagiárias e terceirizadas, são 55% de todos os profissionais em atuação.

PIONEIRISMO FEMININO NA JUSTIÇA DO CEARÁ

1939: Bacharela cearense Auri Moura Costa é nomeada juíza, a primeira mulher no Brasil a conseguir o feito.
1968: Auri Moura Costa se torna a primeira desembargadora do TJCE.
1977: A desembargadora chega à Vice-Presidência do TJCE e à Diretoria do Fórum Clóvis Beviláqua.
1986: Desembargadora Águeda Passos Rodrigues Martins é a segunda mulher a ingressar no TJCE.
1997: A magistrada se torna vice-presidente do TJCE e diretora do Fórum Clóvis Beviláqua.
1999: Águeda Passos assume a Presidência do TJ cearense: a primeira mulher a ocupar o cargo depois de 125 anos de instalação do Tribunal. Também foi a primeira corregedora-geral da Justiça cearense.
2001: Desembargadora Gizela Nunes da Costa assume a Direção da Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), sendo a única mulher nessa função em toda a história da instituição.
2004: Edite Bringel Olinda Alencar é a primeira juíza a ser eleita desembargadora do TJCE pelo critério de merecimento. A magistrada também foi a primeira ouvidora do Judiciário estadual. Posteriormente, desempenhou a função de corregedora-geral.
2009: Desembargadora Maria Celeste Thomaz de Aragão é presidente da comissão para implantar o primeiro Juizado da Mulher em Fortaleza, cuja titular é a juíza Rosa Mendonça.
2015: Desembargadora Maria Iracema Vale é a segunda mulher a ser presidente do TJCE.
2019: Ana Cristina Esmeraldo é a primeira juíza nomeada diretora do Fórum Clóvis Beviláqua. Antes, somente duas desembargadoras estiveram à frente da maior Comarca do Estado. A magistrada Ana Cristina Esmeraldo também é a primeira a ser reconduzida ao cargo diretivo.
2021: Desembargadora Nailde Pinheiro Nogueira assume a Presidência do TJCE. A magistrada é a terceira mulher no comando do Judiciário estadual em 147 anos.

VEJA TAMBÉM:

O pioneirismo e a dedicação das três mulheres que chegaram à Presidência do TJCE