Testemunhas depõem nesta segunda-feira sobre acidente provocado por universitária
- 816 Visualizações
- 18-05-2012
A 3ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua realiza, nesta segunda-feira (21/05), às 14h30, a primeira audiência de instrução do processo que tramita contra a estudante Amanda Cruz da Silva, acusada de atropelar e matar três pessoas. A sessão, que deveria ter ocorrido no último dia 15, não aconteceu em razão da ausência do advogado de defesa Mauro Escórcio.
O titular da unidade, juiz José de Castro Andrade, determinou que, caso o advogado não compareça novamente à sessão, seja nomeado um defensor público. Inicialmente serão tomados os depoimentos de nove testemunhas de acusação, indicadas pelo promotor de Justiça Humberto Ibiapina Lima Maia. Em seguida, deverão ser ouvidas as quatro testemunhas de defesa arroladas pelo advogado Mauro Escórcio. A ré também deverá ser interrogada.
Os crimes ocorreram em março deste ano, na avenida Deputado Paulino Rocha, em Fortaleza. Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará (MP/CE), Amanda Cruz da Silva, “guiando um veículo automotor, em estado de sonolência e praticando manobras radicais” causou a morte de Marcilene Silva Maia, de 17 anos, que estava grávida, e da filha dela, Ana Rafaela da Silva Maia, de um ano e sete meses, além do pedestre Alex Nascimento Sousa.
A acusação afirma que, na noite anterior aos crimes, a ré foi a uma festa, onde teria ingerido bebida alcoólica. Ela deixou o local às 5h e foi dormir na casa de um amigo. Por volta do meio-dia, a acusada saiu conduzindo seu veículo. Ela perdeu o controle do automóvel e acabou atingindo as três vítimas, que caminhavam na calçada.
O promotor sustenta que a ré cometeu três delitos de homicídio qualificado, por motivo fútil, além de aborto sem consentimento da gestante, todos com dolo eventual (em que o agente assume o risco de produzir o resultado). Já a defesa argumenta que Amanda não estava sob efeito de álcool ou qualquer substância toxicológica no momento do acidente, tendo o atropelamento sido uma fatalidade.
A universitária está detida no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza.