A 4ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua está realizando, desde as 14h desta segunda-feira (12/12), o julgamento dos réus Cássio e Cassiano Santana de Souza. Eles são acusados de envolvimento na morte de sete pessoas, no Município de Limoeiro do Norte, a 194 km de Fortaleza. O crime ficou conhecido como ?chacina dos sete? e teve repercussão estadual.
A sessão, presidida pelo magistrado Antônio Carlos Pinheiro Klein, teve início com o depoimento de duas testemunhas indicadas pela defesa. Em seguida, foram ouvidos os réus, que negaram participação nos crimes.
Por volta das 17h, iniciaram-se os debates orais, com a sustentação da acusação, representada pelo promotor de Justiça Alcides Jorge Evangelista. Posteriormente, haverá a manifestação da defesa, patrocinada pelos advogados Paulo César Feitosa Arraes e José Erismar Ferreira Lima, podendo ainda haver réplica e tréplica. A previsão é que o julgamento se encerre após as 20h.
Os irmãos estão sendo julgados por sete homicídios triplamente qualificados (motivo torpe, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas), além de concurso material e concurso de pessoas.
O CASO
Segundo denúncia do Ministério Público (MP) do Ceará, os assassinatos ocorreram no dia 18 de setembro de 2003, por volta das 21h. A acusação afirma que Cássio e José Roberto dos Santos, o ?Chico Orelha?, já falecido, atingiram as vítimas, na cabeça, com tiros de pistola. Elas tiveram também as orelhas cortadas e depositadas na boca. Cassiano Santana de Souza teria sido o responsável por passar informações sobre a localização das vítimas para os executores.
Cássio está preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, e Cassiano se encontra detido no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS), em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza.