A juíza Danielle Pontes de Arruda Pinheiro, titular da 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, inicia nesta quarta-feira (02/03), às 14h15, a instrução do processo que investiga o assassinato do empresário do ramo de confecções Júlio César Diniz. A denúncia do Ministério Público (MP) estadual aponta para a atuação de suposto grupo de extermínio.
Júlio César foi morto na manhã de 29 de maio de 2007, no bairro Montese, em Fortaleza, quando chegava ao trabalho. A vítima retirava objetos do carro, quando dois homens, em uma moto, efetuaram vários disparos. O empresário foi atingido e morreu na hora. A dupla fugiu logo em seguida.
O crime, segundo o MP, foi motivado por disputa de espaço no mercado de trabalho e teve como mandante o também empresário de confecções Daniel Antônio Vernaglia. Paulo César Pereira Lima de Sousa, segurança de Daniel Vernaglia, e Benevides Pereira Moura, o “Bené”, teriam articulado o assassinato com Sílvio Pereira do Vale Silva, o “Pé de Pato”, e Rogério do Carmo Abreu. Estes dois teriam executado a vítima. Os réus, no entanto, negaram as acusações.
Em razão do número de testemunhas, a juíza marcou, inicialmente, dois dias para a instrução: 2 e 16 de março. Nessas datas, serão ouvidas oito testemunhas de acusação.
Nova audiência será marcada para a oitiva das testemunhas de defesa e interrogatório dos réus. A acusação está a cargo do promotor de Justiça Francisco Marques Lima. A defesa será patrocinada por advogados particulares.