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Cantor de forró acusado de matar esposa é condenado a 12 anos de prisão

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O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua condenou João Roberto da Silva, cantor de forró conhecido como ?Tragueta do Vale?, a 12 anos de prisão, em regime inicialmente fechado. Ele foi condenado pelo assassinato da esposa, Francisca Nereide Gadelha da Silva, ocorrido no dia 12 de setembro de 2002, em Fortaleza.
O julgamento teve início às 13h30 e terminou por volta das 18h20 desta quarta-feira (1ª/12). Por maioria de votos, os jurados acataram o pedido da promotora de Justiça Alice Iracema Melo Aragão para que o réu fosse condenado por homicídio doloso. Já a defesa, patrocinada pelo defensor público Gelson Azevedo Rosa, sustentou a tese de homicídio culposo (sem intenção de matar), alegando que o disparo foi acidental.
Durante o júri, o cantor preferiu permanecer em silêncio. Ele já havia sido julgado em 2003, ocasião em que o Conselho de Sentença acatou a tese da defesa. Inconformado, o Ministério Público (MP) estadual apelou da decisão, alegando que ocorreu quebra da incomunicabilidade dos jurados. Na apreciação do recurso, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) determinou novo julgamento.
O CRIME
O assassinato ocorreu na rua Estrada do Siqueira, no bairro Conjunto Esperança, por volta das 19h. Segundo denúncia do MP, João Roberto matou a esposa com um tiro no rosto.
Ainda segundo os autos, o réu havia passado o dia bebendo com dois amigos da Polícia Militar. Após saírem do bar, um dos policiais pediu para tomar banho na casa do acusado, antes de ir trabalhar.
O PM teria pedido ainda para que João Roberto guardasse a arma dele em um local seguro. Alguns minutos depois, o policial ouviu o barulho de um tiro que veio do quarto do réu. Em depoimento, o acusado afirmou que o disparo foi acidental.