Perito legista depõe em audiência que investiga assassinato de estudante
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- 27-10-2010
A 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua realizou, na tarde desta quarta-feira (27/10), a segunda audiência de instrução do processo que investiga a morte do universitário Antônio Neilton Farias de Abreu. Ele foi morto durante troca de tiros entre policiais e assaltantes que estavam em uma Topic da linha 06, no dia 12 de junho de 2007.
O juiz Raimundo Deusdeth Rodrigues Júnior ouviu o depoimento de um perito legista. A testemunha de defesa que havia sido intimada foi dispensada pelo magistrado, a pedido do defensor público Átila Bezerra. Já as duas testemunhas de acusação, indicadas pela promotora Joseana França Pinto, não compareceram à sessão. Nesse caso, o juiz determinou que elas sejam conduzidas coercitivamente para a próxima audiência, agendada para o dia 1º de fevereiro.
Após a oitiva de todas as testemunhas, será feito o interrogatório do policial militar Francisco das Chagas Tenório, que teria efetuado o disparo que atingiu a cabeça da vítima, e dos acusados do assalto: Fábio Sousa Lima, Francisco Daniel Duarte e Lydenyson Machado de Sousa.
O policial militar responde pelo crime de homicídio simples e os demais réus por roubo qualificado com concurso de pessoas e emprego de arma.
De acordo com a denúncia, o universitário estava em na Topic, por volta das 20h, trafegando pela avenida Antônio Sales, nas proximidades da Praça da Imprensa, bairro Dionísio Torres, quando foi anunciado o assalto.
No decorrer do trajeto, os criminosos foram subtraindo os pertences dos passageiros e desviaram a rota do transporte coletivo. O fato foi observado pelo condutor de outra Topic, que avisou a dois policiais do suposto assalto. Após o comunicado, os soldados da Polícia Militar solicitaram reforço e iniciaram a perseguição.
Com o objetivo de parar o veículo, os policiais jogaram as motos no caminho da Topic, provocando uma colisão. Em seguida, teve início a troca de tiros entre assaltantes e policiais. O universitário foi atingido por um tiro que, segundo o laudo da perícia, foi disparado por Francisco das Chagas Tenório.
A defesa do policial contesta o laudo e alega estrito cumprimento do dever legal para solicitar a absolvição sumária do réu. Ele aguarda o julgamento em liberdade.
Os outros acusados Fábio Sousa Lima, Francisco Daniel Duarte e Lydenyson Machado de Sousa estão presos na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) de Caucaia.