Juizado promove mobilização no período carnavalesco para combater violência contra mulher
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- 26-02-2020
Equipe composta por 18 profissionais lotados no Juizado da Mulher de Fortaleza se revezou durante o período carnavalesco orientando os foliões, tirando dúvidas sobre violência doméstica e distribuindo material referente à Lei Maria da Penha. A iniciativa teve como finalidade alertar e sensibilizar a população, além de funcionar como medida de prevenção no combate aos crimes contra o público feminino.
A ação distribuiu abanadores, adesivos e estandartes com o slogan: “Acerte o passo! Violência contra a mulher é coisa que eu não faço”. Os materiais, produzidos pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), também informaram os tipos de violência e os números de telefone para denúncia. A Unidade compartilhou ainda 200 cópias com a letra da marchinha “Não Perca o Ritmo, Acerte o Passo”, vencedora do Concurso de Marchinhas do Benfolia 2020. A música é de autoria da servidora lotada no Juizado, Jord Guedes, em parceria com Paula Bessa e Mona Mendes.
“É importante que a mulher tome conhecimento dos seus direitos. É necessário conscientizá-la para que saiba que um empurrão ou um palavrão não é normal, não pode ser aceito”, disse a desembargadora Lígia Andrade, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher.
Rosa Mendonça, titular do Juizado, reforçou que a campanha serviu para “alertar a população sobre os crimes cometidos contra a mulher, principalmente em época de carnaval, como a importunação sexual”. Ela informou que o trabalho vem sendo realizado pela Unidade desde 2008.
A mobilização foi realizada na avenida Monsenhor Tabosa, no Mercado dos Pinhões, nos bairros Benfica e Meireles e Praia de Iracema, na Capital.
COLÉGIO DE COORDENADORES
A desembargadora Lígia Andrade representou o Judiciário cearense na reunião do Colégio de Coordenadores da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário Brasileiro, que aconteceu em Florianópolis (SC), nos dias 13 e 14 de fevereiro. A magistrada apresentou os trabalhos, projetos e ações realizados pelo Ceará sobre violência doméstica. Na ocasião, ela distribuiu o material da campanha realizada pelo Juizado da Mulher e apresentou a marchinha campeã para os 26 representantes dos Tribunais de Justiça dos Estados e Distrito Federal.
Ainda no encontro, a conselheira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Maria Cristiana Simões Ziouva, comunicou que o Órgão Nacional unificará os formulários de avaliação de risco de escala de violência contra a mulher e criará um Banco Nacional de Medidas Protetivas de Urgência.