O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Farias Brito, distante 470 km da Capital, condenou o réu Germano Oliveira Silva a 22 anos e dez meses de prisão em regime inicialmente fechado. Ele é acusado de matar a companheira, Cleidiana Rosendo de Sousa, em agosto de 2017, naquele Município.
O julgamento, realizado nessa terça-feira (22/05), foi presidido pelo juiz André Arruda Veras, titular da Vara Única de Farias Brito. O júri o condenou pelo crime de homicídio, com a presença de duas qualificadoras: impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio. O magistrado negou ao réu o direito de recorrer em liberdade.
Também reconheceram a presença da causa de aumento de pena por ter sido o delito cometido na presença de ascendente e descendente. A acusação foi patrocinada pelo promotor de Justiça Cleyton Bantim da Cruz e a defesa ficou a cargo do advogado Jerônimo Correia.
O CASO
O casal, que teve dois filhos, conviviam em união estável. Em 8 de agosto do ano passado, por suspeitar que estava sendo traído, Germano expulsou a companheira de casa. Com isso, ela procurou abrigo acompanhada das crianças na residência da mãe. No dia 16 do mesmo mês, por volta das 18h30, Cleidiana estava assistindo televisão com a genitora e irmã, quando o parceiro a chamou para conversar.
Ela, por sua vez, se negou a vê-lo e pediu a sua mãe para recebê-lo e dizer que não queria falar com ele. Ao receber o recado, o réu se aproximou da porta da casa e efetuou um disparo de arma de fogo contra a cabeça da vítima, que faleceu no local. Após o disparo, os filhos do casal se dirigiram à sala e viram Cleidiana morta, sentada na cadeira da sala.
Posteriormente, Germano Oliveira foi preso preventivamente, sendo a denúncia ofertada em setembro de 2017.