Caderno 03 Pág. 02 27.10.2009
… possuem, emblematicamente, uma mensagem e significam que deve haver sintonia entre patrono e recebedor. Algo espiritual a registrar que o segundo admira a maneira, de ser ou de ter sido, do primeiro e, por isso, coloca seu nome ou sua imagem sobre o peito. Estas e outras palavras centralizaram o bonito discurso do bibliófilo José Augusto Bezerra, no auditório da Câmara Municipal de Fortaleza, quando recebia a Medalha Boticário Ferreira, maior comenda da Casa.
Ao lado da amada Bernadete, filhos, outros familiares e dos muitos amigos, o homenageado pôde avaliar o bem-querer reinante, o reconhecimento ao seu trabalho em prol da cultura, hoje, inclusive presidindo o Instituto Histórico do Ceará.
O vereador Paulo Facó destacou “estar Bezerra cercado pelos seus 30 mil livros, em sua biblioteca, uma das mais completas do País, como um verdadeiro sacerdote na mais sagrada das celebrações. O livro em suas mãos é um objeto divino, como as Tábuas da Lei nas mãos de Moisés”, acrescentou. E referindo-se à Medalha, frisou, “Boticário Ferreira construiu uma cidade de pedra e argamassa. Bezerra continua a erguer, pedra por pedra, o edifício interminável da sabedoria, cuidando de preservar e divulgar o que foi conquistado pelo homem, na ascensão vertiginosa do conhecimento”.
Entre as muitas presenças, Meton Vasconcelos e José Antônio Antiório, representando o movimento rotário, do qual Augusto Bezerra é líder; Gen. Torres de Melo e Osmar Diógenes, pela Maçonaria; Hélio Leitão, pela OAB/Ceará; mais Aquiles Alencar Brayner e Ingrid Schwanborn, da British Library e os presidentes de Academias Literárias: José Maria Barros Pinho, José Telles, Anísio Araújo, Cybele Pontes (Sociedade Amigas do Livro), Ítalo Gurgel e João Soares Neto. O secretário de Cultura Auto Filho e o Des. Fernando Ximenes também formaram fileira com muitos outros intelectuais, jornalistas e políticos, na noite especial vivenciada por José Augusto Bezerra.