O Fórum das Turmas Recursais Professor Dolor Barreira realizou, na manhã desta sexta-feira (20/10), palestra para servidores e magistrados com o objetivo de conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. A ação fez parte do Outubro Rosa, movimento internacional que alerta a população sobre os riscos da doença.
A palestra foi proferida por Clebia Bezerra e Rita de Cássia Bezerra, integrantes da Associação Rosa Viva. Elas relataram a própria experiência com a mastectomia e explicaram como identificar os sinais do corpo, entre eles nódulos, enrugamento da pele, dor nas mamas e secreções expelidas pelo mamilo.
Elas também falaram sobre os fatores de risco como fumo, obesidade, histórico familiar e até questões emocionais. Esclareceram que não apenas mulheres, mas homens também podem desenvolver a doença, e que somente o autoexame não é suficiente. Segundo as palestrantes, é necessário se consultar com um especialista periodicamente, para identificar possíveis problemas logo no início.
“A gente preconiza na nossa fala a importância do conhecimento do corpo. Quem apresenta qualquer desses sintomas também não deve se desesperar, pois não significa que seja câncer. É preciso procurar o especialista. E detectando a tempo, a chance de sobrevivência é de 95%”, ressaltou Clebia Bezerra.
A servidora Elizabete Oliveira, do 24º Juizado Especial de Fortaleza, descobriu o câncer em 2006 por meio do autoexame. “Decidi participar da palestra para dar meu depoimento às mulheres e dizer que não tenham medo. O câncer tem cura, se você detectar no início”.
Álvaro Amorim, servidor da 1ª Turma Recursal, vivenciou casos de câncer na família, e disse que a mensagem principal da campanha é romper preconceitos. “O Poder Judiciário está de parabéns por essa iniciativa, porque é esclarecendo e tirando esse mito que é falar de câncer, rompendo barreiras, que se alcança a cura”.
Na ocasião, foram doados 80 lenços para a Associação Rosa Viva, adquiridos por meio de contribuição de servidores, magistrados e voluntários. Outros 40 lenços serão entregues à Casa Viva do Instituto do Câncer do Ceará.
 

 
Segundo a diretora do Fórum, juíza Ana Cristina Esmeraldo, a iniciativa surgiu da necessidade de fazer uma maior divulgação e compartilhar informações sobre a prevenção ao câncer de mama. “Aqui somos maioria. Cerca de 70% do quadro de pessoal das Turmas Recursais é composto por mulheres. Quanto aos lenços, a ideia foi fazer com que as mulheres que passam por tratamento permaneçam com a autoestima forte, se sintam bonitas e arrumadas, minimizando um pouco os efeitos de quem enfrenta o problema”, disse.