26.08.2009 Nacional Pág.: 05
O presidente do Supremo Tribunal Federal(STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, foi alvo de dois protestos ontem em Fortaleza. Quando entrava no Fórum Clóvis Beviláqua, no final da manhã, para lançamento do Mutirão Carcerário no Estado, Gilmar teve que ouvir palavras de ordem e ver faixas contra decisão do Supremo de cassar a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista e ter cobrado uma posição de libertação do italiano Cesare Battisti.
Os integrantes do grupo Crítica Radical exigiram a liberação de Battisti. O italiano é considerado terrorista de extrema esquerda e condenado à prisão perpétua pela Justiça da Itália por quatro assassinatos no fim dos anos 1970.
Battisti está preso no Brasil há dois anos. Gilmar chegou a falar com uma manifestante, mas durante a entrevista coletiva em seguida não se pronunciou oficialmente sobre o caso. O ministro também não quis comentar o fim da obrigatoriedade do diploma de ensino superior para jornalista.
Na coletiva que concedeu, ainda no Fórum, Gilmar Mendes evitou comentar o julgamento do deputado federal Antônio Palocci (PT-SP), marcado para a próxima quinta-feira (27), no Supremo, em Brasília.
Gilmar é o relator do julgamento, onde Palocci é acusado de quebra do sigilo bancário do então seu caseiro Francenildo Costa, em 2006, quando Palocci era ministro da Fazenda do Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.