Opinião Pág. 02 19.08.2009
É aguardado com muita ansiedade e apreensão pelos movimentos pró-vida do país o julgamento no STF da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 54 que definirá a sorte de milhões de bebês anencéfalos brasileiros. Segundo especialistas, trata-se de uma manobra do governo federal e de movimentos abortistas para abrirem definitivamente as portas da legalização do aborto no Brasil, já que no Congresso Nacional – casa respaldada pela constituição para legislar sobre a vida, a pressão popular funcionou e o aborto foi derrotado pela maioria esmagadora nas Comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça. O receio dos ativistas a favor da vida é que os 11 ministros do STF liberem o aborto em anecéfalos. Aí se criaria jurisprudência no País para abortar aqueles que, no ventre materno, trazem doenças previamente diagnosticadas. Preocupada com o caso, a Frente Paramentar em Defesa da Viva no Congresso contraataca e diz que o julgamento seria como “jogo de cartas marcadas”. Paralelamente, congressistas se articulam para investigar o comércio de substâncias abortivas e a prática do aborto no País, foi criada a CPI do Aborto. Entretanto, para que uma CPI seja instalada, os partidos precisam indicar os deputados. Curiosamente, a CPI adormece em berço esplêndido nas gavetas da Câmara. Para esquentar a polêmica, no campo das artes, dois filmes impactantes pró-vida serão lançados durante a VII Mostra Brasileira de Teatro Transcendental, que movimenta Fortaleza de 18 a 23 de agosto: “Flores de Marcela ” e ” Quantos EU TE AMO eu escutaria em 15 minutos”. Os documentários investigam, de diversos ângulos, o clássico da anencefalia da menina Marcela, nascida interior de São Paulo, que contra todos os prognósticos bateu o recorde de sobrevivência mundial sem cérebro vivendo por quase 2 anos. Antes mesmo do lançamento oficial, os curtas metragens já são um fenômeno de acessos no youtube e mobilizam milhares de pessoas para vigília e ação neste julgamento que pode acontecer a qualquer momento.
LUÍS EDUARDO GIRÃO
membro da executiva do movimentocontra o aborto