Acusada de participação em homicídio no bairro Ancuri é levada a júri popular
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- 10-02-2017
O Conselho de Sentença do 5º Tribunal do Júri de Fortaleza está julgando Ariadna Lima Cordeiro, acusada de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima), associação para tráfico e corrupção de menores. Ela teria participado do assassinato de Fábio Rodrigues da Silva, morto com vários tiros. Além de orientar e instigar o crime, a acusada ainda teria filmado a ação e publicado em redes sociais.
A sessão, que teve início às 14h desta sexta-feira (10/02), não tem previsão de término. O magistrado Raimundo Lucena Neto, juiz auxiliar privativo da 5ª Vara do Júri do Fórum Clóvis Beviláqua, está presidindo o julgamento.
A acusação, a cargo do promotor de Justiça Franke José Soares Rosa, afirma que Ariadna teve participação direta na ação criminosa ao orientar, instigar e filmar os executores em todo o momento da ação. Já a defesa, realizada pelos advogados Francisco Batista Lima e Francisco Ribeiro Júnior, pede a retirada das qualificadoras e dos crimes de associação para o tráfico e de corrupção de menores.
Consta nos autos (nº 0031398-95.2015.8.06.0001) que o homicídio ocorreu em 17 de fevereiro de 2015, por volta das 11h20, na rua Padre Cícero, no Conjunto Habitacional Vitória, no bairro Ancuri, na Capital. Ariadna Lima, Jorge Maciel de Sousa, Matheus Rodrigues da Rocha e um adolescente foram até a casa de Fábio Rodrigues, que estava sentado na calçada. Ao se aproximar, perguntaram se ele estava vendendo maconha para outro grupo. Fábio disse que não, mas neste momento foi alvejado com vários tiros de pistola 380.
A execução foi filmada por Ariadna, que incitou o trio ao assassinato, e postou o vídeo em redes sociais. A motivação do ato seria disputa do tráfico de entorpecentes na região.
Em dezembro de 2015, o Conselho de Sentença do 5º Tribunal do Júri condenou os réus Jorge Maciel de Sousa e Matheus Rodrigues da Rocha à prisão, em regime fechado. Eles deverão cumprir, respectivamente, as penas de 28 anos e três meses e 27 anos e três meses pelos crimes de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e associação para tráfico. À época, Ariadna estava foragida, mas foi presa em flagrante em maio de 2016.