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Tribunal de Justiça do Estado

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Rildson Martins Advogado
10.05.2010 opinião
A memória do homem e da mulher tem suporte para armazenar bilhões de informações. No dizer de Lucia Helena Oliveira, ?a massa de informações que a memória humana grava equivale a 20 bilhões de livros. Mas é preciso que um fato mexa com as emoções para ser encontrado depois com facilidade nesse fantástico arquivo do cérebro… A memória está presente em tudo. Graças a ela somos capazes não só de fazer algo como também de relacionar as coisas entre si, de estabelecer toda sorte de associações, sem as quais a própria sobrevivência seria impossível. Todos nós, enfim, vivemos de recordações?, de emoções.
Tenho sempre ouvido por parte dos meus alunos do Curso de Direito da UNIFOR e da UVA, a reza de que a turma da qual eles se integravam foi a melhor dentre as demais da universidade, em termos de interação, de quadro de professores e de nível de compromisso dos seus colegas com o saber, tudo isso, é bom que se diga, por oportuno, é compreensível, considerando que as emoções de cada um dos componentes de uma turma não são exatamente as mesmas das demais, como também, ouço, com frequência, o reclamo de que a cada a dia torna-se mais enfadonha a arte de advogar, já que a máquina judiciária está abarrotada de demandas que nunca chegam a um resultado definitivo e que o contato com o magistrado, a cada dia, fica mais difícil, em razão de sua ausência do seu gabinete ou até mesmo da comarca, em que pese ingentes esforços do TJCE no sentido de que todos os magistrados se façam, sim, presentes, no seu ambiente de trabalho. Registre-se, os juízes cearenses estão, no momento, por força de orientação do CNJ, engajados em mutirões para aliviar o excessivo número de feitos emperrados, infestados de ácaros.
Com efeito, a medida em que o feito judicial é mais esclarecido, é mais debatido, que é próximo o contato dos juízes com as partes e advogados, com certeza inabalável, ampliam as chances de que a sentença dele emanada cheque mais próximo da verdade e da justiça, o que contribuiria, sim, sobremaneira, com o papel do Estado em bem distribuir, com firmeza e num prazo razoável, a prestação jurisdicional.
Na verdade, segundo, ainda, o magistério de Lucia Oliveira, o bebê assim que sai do ventre materno, uma vez em contato com os seios de sua mãe, por impulso de sobrevivência, mama, independentemente de ser ensinado para tanto, assim também deveria acontecer com os servidores do Estado, que deveriam saber que os cargos públicos criados por lei são para servir o povo, para atender a vertente do interesse público e, não, para garantir emprego e renda aos servidores, estes têm o dever indeclinável de servir os administrados, com eficiência, presteza e respeito.