08.07.2010 política
Está marcada para o próximo dia 30 a escolha dos 12 nomes que integrarão a lista da qual sairá o novo desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará. Ou seja, faltam curtos 21 dias de diálogos e corpo a corpo. A vaga se destina aos advogados – é o chamado “quinto constitucional”. Cada eleitor-advogado pode votar em até três dos 20 concorrentes. Como toda eleição, há importância inquestionável nesse processo. Afinal, embora restrita a uma categoria, não deixa de estar presente a tão necessária participação social no Judiciário. O voto não é obrigatório, mas isso não lhe tira o caráter decisivo. É que a peneira das urnas é a primeira etapa das análises. Para não perder a oportunidade do jargão da Copa do Mundo, pode-se dizer que os 12 eleitos estarão nas oitavas de final dessa disputa. Os que passarão para as quartas de final serão definidos pelo Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará, que pinçará seis. A dita “lista sêxtupla” – ou, ainda no linguajar futebolístico, semifinalistas – será remetida ao Tribunal de Justiça e, após apreciação dos desembargadores, dela restarão apenas três nomes. São os finalistas. Caberá ao governador Cid Gomes (PSB) a escolha derradeira. E findam aí as comparações com o mundo do bate-bola. Entram em cena a habilidade política e o poder de articulação. Não apenas para conseguir apoios, mas para convencer o eleitorado a votar.