Os detentos do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO-II), em Itaitinga, tiveram, nesta sexta-feira (20/11), uma manhã de atendimento médico, odontológico e social. A unidade foi a primeira do Estado a receber o Mutirão da Cidadania realizado através de parceria entre o Poder Judiciário do Ceará, o Governo do Estado e as prefeituras municipais de Itaitinga e Aquiraz. A próxima visita será no próximo dia 4 de dezembro, no Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa.
Uma equipe multidisciplinar de saúde, formada por médicos, dentistas, enfermeiros e nutricionistas, da Secretaria de Saúde do Estado e dos municípios envolvidos, realizou exames de PSA, para a detecção de câncer de próstata, teste de glicemia, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e vacinação. Os detentos foram orientados também sobre deficiências nutricionais e noções de higiene e saúde.
O atendimento social aos presos ficou por conta de servidores da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado, que recolheram foto e impressão digital daqueles que ainda não tinham carteira de identidade. Todos receberão o documento na próxima semana.
O IPPOO II conta atualmente com 626 detentos entre condenados e provisórios. Segundo a organização do mutirão, todos receberam atendimento. “É uma iniciativa pioneira da Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios e é de extrema importância para a sociedade e para os presos. A partir deste momento, nós vamos intensificar as visitas”, disse a presidente do Conselho Comunitário da Comarca de Fortaleza, Leonarda do Vale Feitosa, que é servidora da Secretaria de Saúde do Estado.
O juiz Luiz Bessa Neto, titular da Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios, enfatizou o caráter inovador do mutirão. “Nós temos que olhar com humanidade para a população carcerária e a criação deste conselho já foi no sentido de criar uma política de atenção. Essas ações que estão acontecendo hoje vão ser permanentes”, afirmou o magistrado, durante a visita.
O mutirão foi idealizado pelo Conselho Comunitário da Comarca de Fortaleza, instituído por meio de portaria assinada pelo juiz titular da Vara de Execução Penal e Corregedoria de Presídios, do Fórum Clóvis Beviláqua, no sentido de atender às disposições do artigo 80 da lei 7.210, de 11 de julho de 1984, a Lei de Execução Penal Brasileira.