17.12.2010 regional
Na gestão que durou apenas 40 dias, médico se deparou com vários problemas. MP estuda interdição de prefeito
Aracati. O médico Sergio Ricardo da Costa Roberto entregou o cargo de diretor do Hospital Regional Eduardo Dis, neste Município, objeto de investigação do Ministério Público Estadual. Ele ficou 40 dias à frente da instituição, e nesse ínterim lidou com problemas como falta de repasse financeiro, equipamentos quebrados e atraso no pagamento da equipe médica.
Sérgio Ricardo assumiu a direção do hospital um mês antes de o Ministério Público ter dado entrada, no início de dezembro, com Ação Civil Pública na 1ª Vara de Justiça de Aracati. Os promotores investigaram por mais de um ano e documentaram uma série denúncias que expõem o caos na saúde pública do Município de Aracati.
Trata-se de um hospital cheio de problemas para atender a quatro Municípios da região. Mas as cidades atendidas pelo hospital-polo já não repassavam as verbas, alegando a precariedade no atendimento para seus munícipes. Além de equipamentos quebrados, um setor de emergência inaugurado com inegável vínculo eleitoral está sem funcionar até hoje. Médicos, enfermeiros e dentistas desistiram de trabalhar em Aracati porque não estavam recebendo os salários.
Atendendo a decisão da 1ª Vara de Justiça, a Prefeitura de Aracati efetuou o pagamento dos médicos que atuam no serviço público. O promotor Alexandre Alcântara acredita que até a próxima semana haverá decisão judicial sobre a possível interdição do prefeito Expedito Ferreira, da secretária de Saúde Adélia Bandeira Araújo, além de impedimento de gastos com festas, publicidade e propaganda da gestão municipal.